Se vive no Brasil ou o visita, com certeza já provou o pão francês na sandes ou na padaria. Mas você conhece sua origem e a razão de seu nome?
O famoso pão francês das padarias brasileiras tem pouca semelhança com a tradicional baguete francesa. E por um bom motivo: sua receita foi criada no Brasil.
Ao que tudo indica, a receita do pão francês foi criada no início do século XX, provavelmente com a aproximação da Primeira Guerra Mundial. Sua receita teria surgido no Brasil, na volta de brasileiros abastados que visitaram países europeus.
Nesse período, a Belle Époque estava a todo vapor na Europa. Era hora de inovações tecnológicas e abertura cultural. A cidade de Paris foi ganhando reconhecimento, até ser qualificada como capital gastronômica. Na época, o popular pão francês era baixo, com miolo branco e crosta dourada, o precursor da nossa famosa baguete atual.
Adição de açúcar e gordura
Na volta ao Brasil, esses viajantes, de famílias abastadas, manifestaram o desejo de poder degustar este pão em casa. Em seguida, descreveram a aparência do pão aos cozinheiros, que tentaram reproduzir a receita com base na imagem que seus chefes haviam descrito.
Assim nasceu o famoso pão francês, inspirado no francês, mas com a grande diferença de adicionar açúcar e gordura à massa antes de ser levada ao forno.
Com o tempo, esse novo pão francês ganhou popularidade no Brasil. Desde então, foi apelidado de várias maneiras, dependendo das regiões e cidades do país.
Denominações Parmi ces, retrouve pão por exemplo (São Paulo), pão grosso (Maranhão), cacetinho (Rio Grande do Sul e Bahia), pão careca (Pará), médio (Baixada Santista), pão jacó (Sergipe), pão aguado (Paraíba), pão salgado ou pão de carioquinha (Ceará).
Hoje, quer seja fresco, grelhado, simples, recheado, servido ao pequeno-almoço ou a lanche, o pão francês é apreciado pela grande maioria dos brasileiros (sobretudo quando sai do forno … depois discute-se) , e se juntou oficialmente ao seu registro de alimentos.