Categories: Tech

NASA revela as primeiras amostras do asteroide Bennu

MONTREAL – Análises da NASA apresentadas quarta-feira mostram que pedaços retirados de Bennu contêm água e carbono necessários à vida. Amostras deste asteroide serão em breve transportadas para Longueuil, Quebec, na esperança de compreender melhor a composição do sistema solar.

Sete anos após o lançamento da missão OSIRIS-REx, na qual o Canadá participa, a NASA forneceu amostras do asteroide Bennu, que tem cerca de 4,6 mil milhões de anos, e que foi devolvido à Terra há duas semanas.

Análises preliminares mostram que estas amostras contêm água e carbono, mas também podem conter compostos orgânicos como açúcares ou aminoácidos. Estas unidades básicas de proteínas e DNA são essenciais para toda a vida na Terra.

“Quem somos nós? De onde viemos? Qual é o nosso lugar nesta imensidão que chamamos de universo? Esta missão permitirá que nossos cientistas estudem a formação de nosso planeta por gerações”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, durante uma entrevista coletiva realizada Quarta-feira em Houston.

Para compreender quem somos, devemos examinar a composição dos blocos básicos de construção da vida, resumiu.

Contribuição canadense

Nas próximas semanas, quando a CSA terminar a construção de uma nova sala limpa na sua sede em Longueuil, pedaços de Bennu serão transportados para o país.

Caroline Emmanuelle Morissette, geóloga da ASC, será responsável pela preservação dessas amostras.

Bennu é particularmente interessante porque permaneceu praticamente inalterado desde a formação do sistema solar, há 4,6 mil milhões de anos, disse ela à imprensa canadiana.

O cientista explicou: “As amostras são mantidas em recipientes fechados sob nitrogênio, para protegê-las das interações com a atmosfera”.

“Portanto, eles não estão contaminados, ao contrário dos meteoritos que podem se parecer com Bennu, mas passaram pela atmosfera e podem estar contaminando a Terra.”

A pureza da amostra deste asteróide é o que torna esta missão um ponto de viragem na exploração espacial.

O Canadá recebe 4% da amostra, ou entre 4 e 10 gramas, segundo estimativas de Caroline Emmanuel Morissette.

A comunidade científica canadense terá acesso a fragmentos de asteroides nos laboratórios da agência espacial porque o Canadá investiu US$ 61 milhões na missão.

O sistema de mapeamento a laser, construído pela Agência Espacial Canadense, foi integrado à espaçonave da missão OSIRIS-Rex.

O Laser Máximo Canadense, que leva o nome de OLA (OSIRIS-REx Laser Altimeter), tem permissão para preparar os cartões tridimensionais de Bennu até que esteja equipado com um carregador para a missão de selecionar um local para a implementação. amostra.

Share
Published by
Genevieve Goodman

Recent Posts

Brasil: Entenda tudo sobre o caso da joalheria saudita que constrange Jair Bolsonaro

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro se encontra em crise mais uma vez. A polícia brasileira…

1 semana ago

O brasileiro preso na Espanha pretendia fugir

Quando questionado pela televisão espanhola, um ex-companheiro de prisão de Daniel Alves afirmou que o…

1 semana ago

Brasil abre o baile para as crianças

Criar uma conta Habilite o JavaScript no seu navegador para acessar o cadastro em…

1 mês ago

Escolhendo o relé térmico certo para a proteção ideal do motor

Os motores elétricos servem como a espinha dorsal das operações industriais, impulsionando uma infinidade de…

1 mês ago

“Nenhum filme sozinho pode proteger os povos indígenas”

René Nader Misura e João Salaviza retratam incansavelmente a resistência Krahu no Nordeste do Brasil.…

2 meses ago

Usando excitações atômicas para medir a rotação do espaço-tempo

A taxa de excitação de átomos sob diferentes valores de ohm. Fonte: Arksif (2024). doi:…

3 meses ago