Bola ou bola, praia de areia quente, os brasileiros jogam a qualquer hora do dia e às vezes à noite. Este é um lindo clichê, mas ainda contém uma grande quantidade de verdade. Seja praticando vôlei de praia ou vôlei de praia, ou vôlei (futevôlei), modalidade em que o jogador usa os pés em vez das mãos, a população do maior país da América do Sul montou redes de vôlei em todo o litoral, muitas delas no milhares. Quilômetros de comprimento.
Ao contrário da França, onde necessariamente começa jogando em ambientes fechados, a maioria dos brasileiros joga apenas na areia. Embora isso possa parecer clichê, é a verdade. A cultura praiana é tão forte que os brasileiros não conseguem fugir dela: “Ver todo mundo jogando vôlei de praia, claro, a gente começa a fazer.”explica Michel Rasbault, professor universitário em Grenoble e sociólogo do esporte.
Logo depois do futebol, o vôlei de praia é o esporte mais praticado no país. E no litoral todo mundo pega. Contudo, num país polarizado, as classes sociais são pouco misturadas. o mais pobre “Eles geralmente moram em favelas.”“O sociólogo lembra, “É difícil estar rodeado de pessoas que não têm o mesmo nível social, um modo de vida diferente ou uma cultura diferente. Muitos sentem-se descontrolados porque é difícil comunicar.”.
A nível internacional, Os brasileiros varrem os pódios. No entanto, o vôlei de praia há muito é considerado um esporte recreativo. Surgiu em 1920 na Califórnia, depois se espalhou gradualmente pela Europa e pela costa leste da América Latina, bem como pelo Brasil. Diz-se que as primeiras partidas de vôlei de praia aconteceram na antiga Praia do Cajó, no Rio de Janeiro, na década de 1950.
O Rio se tornou um centro desse esporte, assim como do futebol. De Fortaleza a João Pessoa e Vitória, os novos jogadores começam a encontrar a sua vocação. Desde o final da década de 1940, torneios foram organizados. As empresas começaram a investir seu dinheiro neste esporte de entretenimento, que ainda não era tão profissional e espetacular como é hoje.Michel Rasbault continua.
Em 1987, sob o olhar do Cristo Redentor no alto do relevo do Corcovado, jogadores internacionais vieram trocar bolas durante o primeiro campeonato mundial não oficial. Este torneio foi um sucesso tão grande que se repetiu todos os anos até 1996.
No ano seguinte, a Fédération Nationale de Volleyball (FNVB) decidiu criar o seu próprio Campeonato Mundial. A primeira edição oficial foi realizada em Los Angeles (EUA). O título foi conquistado pela dupla Rogério Ferreira e Guilherme Márquez, no masculino, e Sandra Pires e Jackie Silva, no feminino. “E a partir daqui o vôlei de praia se profissionalizou.”“, aponta o sociólogo.
Uma vez incluído nas Olimpíadas de Atlanta em 1996, depois de se tornar um esporte de demonstração em Barcelona em 1992, o vôlei de praia explodiu em popularidade. Acostumado com a profundidade da classificação de medalhas, em todos os esportes combinados, o Brasil conseguiu restaurar sua imagem olímpica graças a uma medalha de ouro para Jackie Silva e Sandra Pires, e uma medalha de prata para Monica Rodriguez e Adriana Samuel.
Assim, os jogadores brasileiros de vôlei de praia chegam ao topo vencendo torneios quase sistematicamente. O ano de glória que a maioria dos brasileiros lembra é 2016: no Rio, o time de Uriverde, masculino e feminino, conquistou o ouro em casa, além do bronze.
Desde a primeira edição, o país conquistou treze medalhas olímpicas e se destacou em outras competições, tanto a nível nacional como internacional. Vinte e nove vezes campeão sul-americano, duas copas do mundo e três títulos mundiais. De todos os países, o Brasil é o país que mais medalhas conquistou. “O domínio é indivisoapoia Michel Rasbeau, Se os jogadores nem sempre ganharem ouro, eles sempre estarão em posições muito altas no ranking. »
Tendo se tornado muito popular ao longo dos anos, o vôlei de praia se espalhou por todo o mundo. Em 2020, a jogadora brasileira Carol Solberg aproveitou para mostrar seu profundo desacordo com as políticas do Presidente da República. ‘Saia do Bolsonaro’Ela grita na frente das câmeras após a competição. Depois que sua federação a condenou, ela ganhou o caso ao lembrar que os jogadores da seleção masculina apoiaram o ex-presidente sem serem submetidos a sanções.
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