CARTA DE SÃO PAULO
Esta é uma das eleições mais importantes organizadas em 2024, mas ainda passa despercebida: no dia 6 de outubro, mais de 150 milhões de brasileiros serão chamados às urnas para as eleições municipais. A oportunidade de renovação dos vereadores das 5.500 prefeituras deste país-continente e um teste de meio de mandato para o presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva.
A “mãe de todas as batalhas” continua sendo a de São Paulo. A megacidade é a capital econômica do Brasil e a maior cidade do Hemisfério Sul, com seus 11,4 milhões de habitantes (contando o dobro da periferia), seus 34 mil táxis, 400 helicópteros e 700 pizzas comidas em casa. minuto. A partir do imponente edifício Matarazzo, o seu presidente da Câmara controla um orçamento de 20 mil milhões de euros e um exército de 125 mil funcionários públicos.
Em “Sampa”, a esquerda pretende destronar o atual vereador de direita, Ricardo Nunes, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Desde o retorno da democracia, o Partido dos Trabalhadores (PT) governou a cidade em diversas ocasiões e Lula venceu as eleições presidenciais de 2022 com 53,5% dos votos contra Jair Bolsonaro (contra 50,9% no nível Nacional). O terreno fértil parece, portanto, favorável.
Esquerda paulistana baseia suas esperanças no jovem Guilherme Boulos. Aos 41 anos, este deputado do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ex-líder do Movimento dos Sem-Teto, é tudo menos um novato. Nas eleições municipais de 2020, ele já havia surpreendido ao obter 40% dos votos no segundo turno contra o prefeito cessante, Bruno Covas. Com sua barba, seu atrevimento e seu talento como tribuno, muitos o veem como um digno sucessor de Lula.
Por outro lado, Ricardo Nunes, 56 anos, é uma figura na sua cidade que é ao mesmo tempo sulfurosa e pouco conhecida. Empresário desprovido de qualquer carisma, ameaçado em diversos casos de desvio de recursos públicos, o vereador sucedeu em 2021 Bruno Covas, falecido vítima de câncer, e de quem foi vice-prefeito. Desde então, a sua gestão foi marcada por uma explosão da insegurança e do número de sem-abrigo. Apenas 17% dos moradores de São Paulo avaliam sua ação de forma positiva.
A nove meses do prazo, Guilherme Boulos assume assim logicamente a liderança da votação, com cerca de 30% das intenções de voto segundo os institutos de sondagem, contra 25% de Ricardo Nunes. Os demais candidatos, como a deputada centrista Tabata Amaral, o radical bolsonarista e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles ou o libertário Kim Kataguiri não ultrapassam a barreira dos 10% de votos.
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