Noites Botânicas: aqui é o Brasil…

Noites Botânicas: aqui é o Brasil…

Na quinta-feira, enquanto o Grand Salon vibrava ao ritmo de saxofones malucos (O., Unik Ubik), a Orangerie se deixava embalar pelo folk delicado e luminoso do brasileiro Rodrigo Amarante.

Cena belga ou não, o Bota há muito se propõe a jogar o cartão fidelidade. Defender os artistas a longo prazo. Para apoiá-los em sua jornada. Como um jardineiro regando suas plantas e ajudando-as a crescer. Pegamos o mesmo e começamos de novo. A noite de quinta-feira refletia muito bem a política de desenvolvimento seguida por Paul-Henri Wauters no lado da Rue Royale.

Duo londrino composto por Joe Henwood no saxofone barítono e Tash Keary na bateria, O. não tem disco, nem EP, nem mesmo 45 rpm em seu currículo, mas a dupla já se apresentava casualmente pela segunda vez sob as cúpulas do Bota. No modo sentado, mascarado e sem cerveja é claro, os ingleses abriram em novembro no Orangerie para o indomável Black Midi. Musicalmente gravitando na galáxia de Shabaka Hutchings (The Comet Is Coming, Sons of KEmet…) O. experimenta na encruzilhada do jazz e do rock, na encruzilhada da eletrônica e do mundo (um pouco de dub, um pouco de Etiópia…).

Com esse nome, o grupo não é o mais fácil de encontrar nos meandros da internet (está satisfeito por enquanto com uma conta no Instagram: simchá.banda). Além de camisetas e adesivos, ele não tem muito para vender. A ser seguido de muito perto.

O povo de TournaiUnik Ubik que seguiu os seus passos também já tinha passado pelo Bota (a primeira vez em 2017 na abertura do !!!). Melhorar. Eles simplesmente não tocavam na frente de uma platéia desde a noite compartilhada em setembro no Orangerie com Paradoxant e Mountain Bike. Espírito punk, sons do sol… O povo de Tournai e seu saxofonista francês com o olhar apertado de um ciclista (o mundo de cabeça para baixo) rolam na esteira de The Ex e sua formidável separação com o falecido Getatchew Mekurya. Feng Chui ou não, Unik Ubik sopra um vento de areia e frescor na rocha feita na Bélgica.

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Rodrigo Amarante também já conhecia o local de Bruxelas. Ele tocou lá em janeiro de 2009 com o baterista do Strokes, Fab Moretti, seu amigo em comum Binki Shapiro e sua banda Little Joy. Amarante é um cruzamento entre Jonathan Richman e Caetano Veloso. Entre Devandra Banhart e Gilberto Gil (com quem tocou). Tudo com entonações às vezes estranhas à la Claude Nougaro (sim, sim…). “Eu não sei que droga ele toma, mas é bom, ouvimos alguém rindo nas baías de Bota. Você não pode ser tão feliz assim sem uma substância que altera a mente.” Com o seu tom de mel e as suas canções de embalar poliglotas, Amarante tem tudo no bolso. Não foi até 2014 que Rodrigo, nascido em 1976 no Rio de Janeiro, finalmente decidiu lançar seu primeiro álbum solo. Cavalo foi um reflexo de seu exílio voluntário, mas inesperado, para os Estados Unidos. Drama foi inspirada por uma doença infantil e pelo luto de seus longos cabelos. Rodrigo se escondendo Tuyouma peça em espanhol escolhida como os créditos da série Narcos, também assinou em 2018 a trilha sonora deReféns em Entebbe. No Aéronef de Lille neste sábado, 7 de maio, para a sessão de recuperação.

Quinta-feira também terá possibilitado descobrir em palco o povo habitado de Naima Bock (uma pequena Vashti Bunyan, uma pequena Anne Briggs) e o rock nervoso dos Silverbacks liderados por dois irmãos nascidos em Etterbeek. Do rock de Dublin ao pós-punk, no wave e na música slacker.

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About the Author: Hannah Sims

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