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Análise de Risco – PIB baixo, inflação rápida, custos elevados de empréstimos… O Brasil vive uma grande crise, que desagrada os investidores estrangeiros. Mas, a longo prazo, o país tem tudo o que precisa para recuperar, afirma o Banco Nacional.
“Durante vários anos, o país tem enfrentado ventos contrários crescentes, tanto a nível político como económico”, afirma Angelo Catsouras, analista geopolítico associado do Stanford Research Institute. Mercados Financeiros de Bancos Nacionais.
O Brasil, um dos países do BRICS com uma população de 206 milhões de pessoas, está sendo duramente atingido pela recessão.
Em 2015, espera-se que o PIB contraia 2,5%, enquanto se espera que diminua 2,5% este ano, apesar dos Jogos Olímpicos serem realizados neste verão.
A inflação também é um problema na sétima maior economia do mundo.
Em 2016, espera-se que atinja 10,7%, a taxa mais elevada desde 2003, com 14,7%. Este aumento nos preços deve-se em grande parte à desvalorização do real brasileiro, o que levou a custos de importação mais elevados.
Há outro problema que o Brasil enfrenta: os custos dos empréstimos governamentais são elevados. A taxa de juros dos títulos brasileiros de 10 anos é de 16%. Bloomberg.
Reveses das empresas petrolíferas PetrobrásÉ uma empresa estatal responsável por mais de 10% de todos os investimentos no Brasil e não ajuda a economia brasileira.
Por exemplo, até 2020, a Petrobras reduziu sua previsão de produção de 4,2 milhões para 2,8 milhões de barris de petróleo. Isso reduzirá as receitas do governo brasileiro, afirma ele Tempos Financeiros.
Além disso, a presidente brasileira Dilma Rousseff enfrenta um processo de impeachment.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, arquiinimigo e ex-aliado de Dilma Rousseff, lançou a medida em 2 de dezembro, acusando-a de falsificar contas públicas em 2013, um ano antes de sua reeleição.
Razões para esperança a longo prazo
Angelo Katsouras afirma que apesar das dificuldades econômicas e políticas, o Brasil possui muitos ativos que podem ajudá-lo a sair desta crise.
Por exemplo, a classe média está a crescer rapidamente.
Os brasileiros que ganham entre US$ 600 e US$ 2.600 por mês representavam 37,6% da população do país em 2003 (67,9 milhões de pessoas), em comparação com 56% em 2013 (112,6 milhões), segundo o THE. Jornal de Wall Street.
Isto não só consome a classe média, mas também garante a estabilidade política no país.
Os historiadores salientam que, historicamente, os países com uma classe média forte no Ocidente têm sido mais estáveis e tendem a tornar-se mais democráticos.
Outra vantagem do Brasil está nos seus enormes recursos agrícolas, como enfatiza Angelo Catsouras.
“Apesar do recente declínio nos preços das matérias-primas, os fundamentos de longo prazo deste sector permanecem fortes.”
Há três razões para otimismo, segundo o analista do Banco Nacional.
A população mundial deverá aumentar em 2 mil milhões de pessoas até 2050.
A perda de terras agrícolas devido à urbanização, à escassez de água e à poluição em diversas regiões do mundo forçará vários países a importar seus alimentos de países produtores como o Brasil.
O aumento dos padrões de vida em todo o mundo, especialmente na China e na Índia, está a levar a um aumento da procura de carne, ovos, produtos lácteos e alimentos que o Brasil produz em grandes quantidades.
No entanto, o país enfrenta grandes desafios para garantir a sua prosperidade a longo prazo, segundo Angelo Katsouras.
O gigante sul-americano deve trabalhar para diversificar a sua economia, controlar os seus gastos, aumentar a qualidade e a eficiência das suas infra-estruturas, bem como reduzir a corrupção.
A saúde financeira da Petrobras também representa um risco significativo. Esta é uma situação que pode obrigar o governo a resgatar a estatal e/ou reestruturar as suas dívidas.
Apesar de tudo, Angelo Katsouras segue otimista para o Brasil.
“Dada a base sólida da sua democracia, a sua grande classe média, as suas instituições cada vez mais independentes e os seus vastos recursos, vemos o Brasil como um país com grande potencial a longo prazo.”