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O objeto mais brilhante do universo foi descoberto

CABO CANAVERAL, Flórida. Astrônomos descobriram o que pode ser o objeto mais brilhante do universo, um quasar com um buraco negro em seu núcleo que está crescendo tão rápido que engole o equivalente a um sol todos os dias.

Este quasar recorde brilha 500 trilhões de vezes mais que o nosso Sol. O buraco negro que alimenta este quasar distante é mais de 17 mil milhões de vezes maior que o nosso Sol, informou uma equipa liderada pela Austrália na segunda-feira na revista Nature Astronomy.

Embora o quasar apareça nas imagens como um simples ponto, os cientistas imaginam um lugar feroz.

O disco giratório em torno do buraco negro do quasar – gás luminoso em rotação e outras matérias provenientes de estrelas engolidas – assemelha-se a um tornado cósmico.

“Este quasar é o lugar mais intenso que conhecemos no universo”, disse o autor principal, Christian Wolff, da Universidade Nacional Australiana, por e-mail.

O Observatório Europeu do Sul avistou o objeto J0529-4351 durante uma pesquisa do céu em 1980, mas pensou-se que fosse uma estrela. Só no ano passado foi identificado como um quasar, o núcleo ativo e altamente luminoso da galáxia. Isto foi confirmado por observações feitas por telescópios na Austrália e no deserto chileno do Atacama.

“O que é interessante sobre este quasar é que ele estava escondido à vista de todos e já havia sido classificado erroneamente como uma estrela”, disse Priyamvada Natarajan, da Universidade de Yale, que não esteve envolvido no estudo, por e-mail.

Estas observações subsequentes e modelos computacionais determinaram que o quasar devora o equivalente a 370 sóis por ano, ou cerca de um sol por dia. Análises mais aprofundadas mostram que a massa do buraco negro é de 17 a 19 mil milhões de vezes a massa do nosso Sol, de acordo com a equipa. Mais observações são necessárias para compreender sua taxa de crescimento.

O quasar está localizado a 12 bilhões de anos-luz de distância e existe desde os primórdios do universo. Um ano-luz equivale a cerca de 9.500 bilhões de quilômetros.

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Genevieve Goodman

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