Ano após ano, o Pantanal, santuário de onças, jacarés e aves raras, é assolado por incêndios cada vez mais violentos e precoces. Esta zona úmida localizada no sudoeste do Brasil, mas também na Bolívia e no Paraguai, já sofreu 2.628 focos de incêndio. Este é um número já superior ao de 2020, ano em que 30% deste imenso mosaico de lagoas, rios, lagos e pântanos do tamanho do Reino Unido, foi devastado pelas chamas.
Os incêndios gigantescos começaram um mês antes da estação seca, tradicionalmente de julho a setembro. Um terço do Parque Nacional Encontro das Águas já virou fumaça. O equivalente a um departamento francês do tamanho de Tarn-et-Garonne já ardeu desde o início do ano, enquanto as próximas chuvas não são esperadas antes de Novembro. O aumento das temperaturas previsto nesta região do Brasil está dificultando os esforços dos bombeiros nesta área isolada e selvagem.
As autoridades brasileiras citam vários motivos para explicar esses incêndios. A seca na zona, onde quase não chove há cinco meses, tem favorecido a eclosão de incêndios que sempre existiram nesta parte do país, mas em menores proporções. Os meteorologistas atribuem esse longo episódio sem precipitação às mudanças climáticas, com um anticiclone estacionado acima de Mato Grosso, região do Pantanal, causando altas temperaturas. Crônica desde o final da década de 2010, essa seca resulta na vazão insuficiente do rio Paraguai, que abastece a região.
Mas, segundo as autoridades, quase todos estes focos de incêndio se devem à atividade humana. Além das causas acidentais (danos elétricos, incêndios mal extintos), os defensores ambientais apontam o papel da expansão da agricultura. Os criadores são acusados de usar o cultivo de corte e queima para limpar novas áreas de pastagem. Se o desmatamento na Amazônia diminuiu desde a volta de Lula ao poder, aumentou 59% na região do Pantanal em 2023, lembra o centro de pesquisa brasileiro MapaBiomas.
Em um relatório publicado em 2021, o Greenpeace Internacional havia alertado sobre o papel das empresas produtoras de carne bovina na destruição deste santuário verde, onde existem cerca de 3.000 fazendas e 3,8 milhões de cabeças de gado, destinadas principalmente à exportação de carne. picado. Agricultores praticamente entregues à própria sorte: 90% das terras estão sujeitas a autodeclaração de títulos de propriedade, sem a intervenção do Estado, afirmam os autores deste estudo, que insistem: “80% do Pantanal é controlado de fato pelos criadores. »
Além da região do Pantanal, o Brasil vem enfrentando uma série de eventos climáticos extraordinários nos últimos anos, com alternância de secas e chuvas torrenciais. Em Maio passado, as inundações causadas pelo mau tempo deixaram mais de 170 mortos no sul do país. O Ministério do Meio Ambiente atribui esses desastres a “combinação de fenômenos climáticos como El Niño e intensificação das mudanças climáticas”.
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