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Pandora Papers: Ministro da Economia do Brasil nega qualquer irregularidade

O procurador-geral brasileiro Augusto Arras disse que faria uma “avaliação preliminar” da situação de Guedes antes de decidir abrir uma investigação judicial.

oO ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, na extensa investigação da imprensa sobre os Pandora Papers sobre a ocultação de ativos em empresas offshore, confirmou que todas as suas atividades eram legais e devidamente declaradas ao fisco. “Todas as actividades de Paulo Guedes, antes de assumir o cargo de Ministro, foram devidamente comunicadas ao fisco e a todos os órgãos competentes, incluindo a sua participação na referida empresa (offshore)”, confirmou em nota de imprensa no domingo que assessoria de imprensa do Ministro.

O ultraliberal Paulo Guedes é considerado um dos homens fortes do governo do presidente Jair Bolsonaro. O ministro confirma que “toda a atividade do setor privado parou” desde a entrada no governo, em janeiro de 2019, “com pleno respeito à legislação” que visa prevenir qualquer conflito de interesses para membros da administração pública.

Mas o Poder 360, membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) que analisou os documentos de investigação da Pandora Papers, revelou que a empresa Dreadnoughts, sediada nas Ilhas Virgens, fundada pelo Sr. Guedes em 2014, “ainda estava em operação”.

A pesquisa também cita o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campo Neto. Mas este último afirma que todo o seu legado, “construído ao longo de 22 anos de carreira nas finanças”, foi devidamente declarado ao fisco e que não houve movimentação nas suas contas offshore desde que entrou para o serviço público.

O procurador-geral brasileiro Augusto Arras disse que faria uma “avaliação preliminar” da situação de Guedes antes de decidir abrir uma investigação judicial. Mas indicou que não pretendia basear a investigação “apenas em informações veiculadas pela imprensa”.

A investigação da Pandora Papers é baseada em quase 11,9 milhões de documentos, que vieram de 14 empresas de serviços financeiros, e expuseram mais de 29.000 empresas offshore. Muitos líderes políticos em todo o mundo estão envolvidos.

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Opal Turner

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