Um brasileiro de 40 anos teria passado mais de um ano no hospital, paralisado da cabeça aos pés, após supostamente consumir pesto que não foi armazenado adequadamente e que desenvolveu bactérias.
“Meu corpo não estava bem, minha respiração piorou e minha língua estava formigando. Dirigi 32 quilômetros até o hospital, estacionei o carro e então meu corpo parou de funcionar. Não conseguia mexer-me, por isso atirei-me para fora do carro”, disse Doralice Carneiro Sobreira Goes, segundo o “The Independent” desta segunda-feira.
A brasileira de 47 anos recebeu alta recentemente do hospital depois de mais de um ano acamada no estabelecimento, para onde foi levada às pressas após consumir pesto caseiro mal conservado que ficou em sua geladeira por algumas semanas em janeiro de 2022.
O pesto em questão não tinha prazo de validade no momento da compra e a vendedora não lhe deu nenhuma instrução sobre como preservá-lo adequadamente, teria dito a mulher à Jam Press, segundo a mídia britânica.
Depois de ser encontrada saindo do carro por um funcionário do hospital, os médicos determinaram que a mulher sofria de botulismo, uma doença rara que se desenvolve quando uma bactéria presente em um produto desenvolve uma toxina que ataca os nervos do corpo. corpo.
Na pior das hipóteses, a mulher só conseguia mover dois dedos do pé.
“Fiz tratamentos todos os dias da semana […] Há nove meses que respiro sem ajuda, o que é um bom sinal, disse a mulher, acrescentando que agora pode ir à casa de banho ou comer sozinha. Eu uso um andador para me ajudar a me locomover, mas ainda é difícil.”
O botulismo pode se desenvolver através de alimentos mal conservados, mas também pode ser transmitido através de uma ferida aberta. Os sintomas podem então aparecer de forma mais lenta, até dez dias após a contaminação.
Para evitar esse tipo de contaminação, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam refrigerar bem as refeições preparadas em casa ou os produtos enlatados após a abertura.