Qual é o histórico de Lula no combate ao desmatamento no Brasil?

Qual é o histórico de Lula no combate ao desmatamento no Brasil?

O presidente do Brasil, que foi reeleito no ano passado, estabeleceu uma meta de deter o desmatamento ilegal até 2030.

Uma declaração para evitar chegar ao ponto sem volta, onde a floresta amazônica emite mais carbono do que absorve. Na Cúpula da Amazônia, na terça-feira, 8 de agosto, os países onde se estende esse ecossistema anunciaram a formação da Coalizão Amazônica de Combate ao Desmatamento, a fim de “Fortalecer a cooperação regional” Para melhor combater esse fenômeno.

“A retomada e expansão da nossa cooperação nunca foi tão urgente”O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como “Lula”, enfatizou durante o discurso de posse em Belém. O ex-metalúrgico e sindicalista, que voltou ao Brasil em janeiro, prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2030.

Depois dos anos Bolsonaro, seu antecessor de extrema-direita, Lula “Para recolocar o Brasil no cenário internacional, elegeu o meio ambiente e o combate ao desmatamento como norte dessa política”, Desifers François-Michel Le Tourneau, geógrafo e diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica. Com por trás desse discurso uma certa coisa “confusão” e medidas Muito menos ecológico. Franceinfo faz um balanço preliminar da presidência de Lula sobre o combate ao desmatamento.

Incentivar dados primários

Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o desmatamento na Amazônia aumentou 59,5% em relação aos quatro anos anteriores, de acordo com Observatório do Clima, uma rede brasileira de organizações não governamentais e institutos de pesquisa. Sob Lula, a situação parece estar melhorando. No primeiro semestre de 2023, os alertas de desmatamento caíram 33,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) retransmitido por governo brasileiro.

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Ao todo, foram emitidos alertas para 2.649 quilômetros quadrados nos primeiros seis meses do ano, ante 3.988 quilômetros quadrados no mesmo período de 2022. Dados preliminares mostram a presença de “A direção que parece boa”Mas para ser interpretado com cautela, a raiva de François-Michel Le Tourneau. O dado mais esperado, o Balanço Anual do Desmatamento (de agosto a julho), será divulgado em novembro e deve dar um direcionamento mais claro para a evolução desse fenômeno na Amazônia.

Outros dados preliminares são animadores. Desde janeiro, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, Ibama As multas aplicadas por infrações contra usinas aumentaram 166% em relação à média do mesmo período dos últimos quatro anos. De acordo com o governo. As autoridades também perceberam isso “A proibição (proibição do uso de áreas desmatadas ilegalmente) aumentou 111%.”

Presidente “quer fazer cumprir a lei.”

“Podemos pensar que Lola terá um histórico interessante.” Sobre a questão do desmatamento, argumenta François-Michel Le Tourneau. Pagamento adiantado [Jair] Bolsonaro, esgotou os órgãos de conservação e fiscalização ambiental. Os fazendeiros perceberam que podiam fazer o que quisessem.”E Especialista de referência no Brasil e na Amazônia.

“Com Lula, alguns governos têm seu financiamento de volta. Todos entendem a mensagem de entretenimento completo. Este governo, esta presidência quer fazer cumprir a lei.”

François-Michel Le Tourneau, Geógrafo

na franceinfo

Mal investido, Lula assinou vários decretos a favor do combate ao desmatamento, observam acadêmicos brasileiros Em um estudo recente. Ele também cancelou os textos “que contribuiu para o desmatamento ilegal da Amazônia”E ou que permitiu a mineração em certas áreas florestais. Finalmente, no final de abril, Lula assinou decretos reconhecendo seis novas reservas indígenas no Brasil, garantindo a proteção dos recursos naturais dessas terras. Duas delas estão na Amazônia, segundo relatos o mundo.

Em junho, Lula também apresentou seu novo plano de combate ao desmatamento na Amazônia. o programa da presidência Inclui medidas para fortalecer as forças de segurança regionais e visa, entre outras coisas, o combate Grilagem de terras, mineração ilegal e extração de madeira.”

Ecologia, secundária a questões sociais

No entanto, o combate ao desmatamento e ao meio ambiente não é prioridade para Lula, segundo a economista ambiental Catherine Aubertyn. o principal desafio de seu mandato “Combatendo a Fome”E Ela explicou no dia seguinte à sua eleição. Presidente do Brasil ‘Não sou ambientalista’E François-Michel Le Tourneau confirma. “A questão dele é a questão social.”

“Por trás do combate ao desmatamento na Amazônia, o governo brasileiro tem outras tendências de desenvolvimento em seu território, perspectivas positivas para o agronegócio. [le pays a] Precisamos de um agronegócio forte para uma economia forte”.

François-Michel Le Tourneau, Geógrafo

na franceinfo

Como observado O economistaLula pretende desenvolver a economia dos estados do Norte e Nordeste do Brasil mais afetados pela pobreza. Segundo a revista americana, durante a campanha presidencial, ele se pronunciou a favor de um grande projeto rodoviário na Amazônia. Entretanto, o seu Ministro dos Transportes referiu-se a um grande projecto ferroviário na região.

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em paralelo, Carta branca deixada para o agronegócio fora da Amazônia. François-Michel Le Tourneau avança. A pesquisadora cita, em especial, a quantidade de agrotóxicos autorizados no Brasil. De acordo com o site relatório brasileiroO Ministério da Agricultura brasileiro aprovou nada menos que 231 novos agrotóxicos entre janeiro e julho de 2023. Um número próximo ao registrado durante o primeiro ano do mandato de Jair Bolsonaro.

Do ponto de vista ambiental, a situação do Cerrado é particularmente preocupante. De acordo com dados oficiaisAs áreas esgotadas pelo desmatamento aumentaram 21% desde janeiro. “A taxa de conversão do solo no Cerrado é a mais alta de todos os tempos.”E Alerta François-Michel Le Tourneau.

Impasse político no Congresso

Lula também deve enfrentar um parlamento ainda privilegiado à direita e onde o setor do agronegócio é influente. E assim os deputados votaram uma lei que limita muito o reconhecimento de terras indígenas, mesmo que o texto ainda não tenha sido anunciado pelo Senado, observa François-Michel Le Tourneau.

No início de junho, o Senado também aprovou um texto enfraquecendo os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. A primeira não tem mais poderes sobre a área de terras rurais, que é uma ferramenta no combate ao desmatamento. Já a Administração Indígena não é mais responsável pela demarcação de novas reservas indígenas.

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