Seis meses depois, “12 contratos de exploração florestal e concessões de conservação localizadas nas províncias de Tchobu, Mongala, Mai-Ndombe e Equateur foram suspensos, como medida de precaução”, segundo Yves Baziba, ministro congolês do Meio Ambiente.
De acordo com esta decisão ministerial, de 5 de abril, foram celebrados estes contratos entre a República Democrática do Congo, representada por pelo menos quatro ministros que se sucederam no Ministério do Ambiente desde 2014, e empresas de direito congolês, algumas com especialmente o capital estrangeiro. Chinês.
>>> LEIA TAMBÉM: RDC: Tshisekedi quer renegociar contratos de mineração assinados com ex-presidente Kabila
Mas, de acordo com Serge Sabine Ngwato, ativista florestal do Greenpeace África, “suspender apenas 12 das dezenas de concessões florestais alocadas ilegalmente é tão bizarro quanto um dentista remover um dente podre e deixar os outros ruins no lugar”.
“As ações do ministro Pazipa devem ser totalmente transparentes e abrangentes para proteger as florestas tropicais dos criminosos ambientais e acabar com sua impunidade”, disse a organização.
Em várias ocasiões, o Greenpeace e as organizações locais de proteção florestal lembraram as autoridades de sua obrigação de serem transparentes sobre os contratos florestais assinados com terceiros para aproveitar os US$ 500 milhões em financiamento da Iniciativa Florestal da África Central (CAF). .
>>> LEIA TAMBÉM: RD Congo: Diante de contratos chineses ‘opacos’, funcionário dos EUA apresenta outro ‘modelo’
Por outro lado, a Sra. Baziba constituiu uma comissão “responsável pela revisão de todos os contratos de exploração florestal e concessões de conservação concedidos até agora pela República Democrática do Congo”, sem precisar o período em questão.
Em dezembro de 2021, seis contratos considerados adjudicados ilegalmente foram suspensos.
A República Democrática do Congo abriga a segunda maior floresta tropical do mundo depois do Brasil, e representa um importante reservatório de carbono e biodiversidade de importância global.