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Sertão, o “polígono da seca” e o maldito reino da terra do Brasil

Escrito por Bruno Meierfield

Postado hoje às 00h29

No Nordeste da Miséria, cor e textura: Terracota. As paredes da casa de barro de Jacinta Helena Gomez da Silva, rodeadas de latas de lixo e escovas, estão cobertas por ela. Aqui, a chuva penetra do teto e as cobras às vezes rastejam sob as camas desfeitas, suando lesmas ao longo das paredes úmidas, reforçadas com galhos de madeira. “Vivi nela toda a minha vida”, Aeromoça, suspiros, 73 anos.

A pobreza sempre fez parte do cotidiano de sua comunidade local de Quixabeira Helena, que foi fundada por descendentes de escravos em um morro próximo a um aterro sanitário. O local tem cerca de cem habitantes. Todos vivem abaixo da linha da pobreza e a grande maioria é analfabeta.

Mas hoje em dia a situação está piorando. “Já se passaram oito meses desde que cheguei à minha pensão, Jacinta continua. Minha filha de 31 anos ainda mora comigo, com dois filhos dependentes. Parece que ela não pode continuar Bolsa família [“bourse famille”, une aide d’Etat à destination des plus démunis]E a Novos programas de construção de moradias estão suspensos … ” A crise da saúde esgotou o pouco trabalho disponível. Tivemos que cortar o orçamento e desistir de carnes vermelhas e salgadinhos para as crianças. “Temos que lutar novamente para colocar comida na mesa,” Desculpe por Nordestine.

O artigo é reservado para nossos assinantes Leia também No Brasil, Lula está recuperando seus direitos políticos e a esquerda sonha em vencer o Bolsonaro em 2022

Como Quixabeira Helena, todo o Sertão, essa vasta região semi-árida do Nordeste, está aflita e agonizante. A região está sofrendo uma crise econômica agravada pelo Coronavirus e as políticas do presidente Jair Bolsonaro. Durante anos, durante a era do PT, ele foi, no entanto, um spoiler de poder: o Sertão é o bastião e berço do ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva, agora mais do que um candidato potencial nas urnas de 2022 depois de todas as suas decisões judiciais serem anulado.

Que azar, Sertão com certeza está acostumado. Nesse “polígono da seca”, com o dobro do tamanho da França – atravessa oito estados, do Ceará à Bahia passando por Pernambuco – fica longe o carnudo e úmido litoral brasileiro. Segue a selva tropical Catinga Essa áspera e desagradável “floresta branca”, na língua original dos Tobi Guarani, onde tudo queima na estrada poeirenta, tudo pica e tudo lembra a morte. O pincel é da cor de cinza, o cacto gigante é como uma forca.

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Opal Turner

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