5 gols sofridos em 16 partidas. Os números são suficientes para mostrar a qualidade defensiva do Brasil em 2021. O Equador, primeiro adversário da Seleção em 2022 nesta quinta-feira, já sabe a magnitude da tarefa que o aguarda para romper a defesa brasileira. A seleção auriverde é uma verdadeira parede. E lendo os nomes que compõem seu setor defensivo, é tudo menos uma surpresa. Tite já pode contar com dois dos melhores goleiros do planeta com Ederson (Manchester City) e Alisson (Liverpool). Mas o técnico do Brasil também tem o suficiente para oferecer proteção ideal.
Sua dobradiça é tão formidável. Seus titulares, Thiago Silva e Marquinhos, se firmam há muitos anos como referências mundiais na defesa central. Mas, tanto nas grandes seleções como nos grandes clubes, você sempre precisa de um terceiro homem de alto nível neste setor para compensar possíveis lesões ou suspensões. E o Brasil tem um na pessoa de Eder Militão. O madrileno completa um trio que é suficiente para deixar o mundo todo verde de inveja a menos de um ano da Copa do Mundo no Catar.
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Um trio no topo de seu jogo
- Thiago Silva, o inox
Ele tem 37 anos, mas ainda é tão dominante. Thiago Silva é unânime no Chelsea, assim como sua última atuação brilhante no clássico contra o Tottenham (2-0). Não é por acaso que os dirigentes dos Blues já se preocuparam em prorrogá-la por mais uma temporada. O ex-parisiense continua sendo um dos defensores mais completos do planeta, combinando a ciência da colocação e recuperação com uma presença sempre impactante em duelos e no ar. É ainda mais claro num campeonato tão exigente como o da Premier League, onde a regularidade do seu nível de desempenho o coloca entre os melhores defesas do Reino.
Thiago Silva, o patrono do Chelsea
Crédito: Getty Images
- Marquinhos, o essencial
Marquinhos aprendeu numa boa escola com Thiago Silva. Mas foi a saída do compatriota que lhe permitiu assumir uma nova dimensão no PSG. Um clube para o qual é referência na defesa além de ser líder no vestiário, muito além de seu status de capitão. De todas as estrelas parisienses, é certamente aquele cujas ausências são mais cruelmente sentidas. Assim como Thiago Silva, ele é o exemplo perfeito do zagueiro completo e sua experiência no meio-campo sob o comando de Thomas Tuchel lhe permitiu desenvolver uma qualidade de passe, especialmente no jogo longo, o que solidificou ainda mais seu status entre os melhores jogadores do mundo em sua posição.
- Eder Militão, o essencial
É um eufemismo dizer que ele teve que assumir novas responsabilidades no Real Madrid após as saídas dos dois titulares da dobradiça merengue, Sergio Ramos e Raphaël Varane, no verão passado. E é um eufemismo dizer que ele as assumiu notavelmente. Eder Militão se consolidou como o novo gerente de defesa da Casa Branca e um dos garantidores da solidez demonstrada pelos treinamentos de Carlo Ancelotti nesta temporada. Impressionante no ar, incrivelmente rápido, o brasileiro comete pouquíssimos erros. Aquele que custou a derrota do Real no Getafe (1 a 0) seria a exceção que confirma a regra. E aos 24, ele não terminou de progredir.
Um grande argumento para a Copa do Mundo
- Thiago Silva – Marquinhos, uma experiência incomparável
Nenhuma seleção no mundo pode contar com uma dobradiça titular tão consolidada quanto a do Brasil. Entre PSG e Seleção, Thiago Silva e Marquinhos alinharam juntos… 218 vezes. Eles se conhecem de dentro para fora. E o desempenho desta dobradiça pode ser lido nos números com uma média de 2,42 pontos por jogo quando jogam lado a lado, clubes e seleções somados. Na seleção, eles só conheceram a derrota uma vez em 31 partidas disputadas juntas. Além disso, o Brasil nunca sofreu mais de dois gols quando colocou em campo essa dupla. E só aconteceu duas vezes…
Thiago Silva e Marquinhos com a camisa do Brasil
Crédito: Imago
- Eder Militão, um reservista em sintonia
O mais promissor para a seleção brasileira é que o desempenho de sua defesa dificilmente muda quando Thiago Silva ou Marquinhos faltam. Eder Militão, primeira opção de Tite para compensar a ausência de um de seus dois titulares, também vale quando está alinhado na zaga central. A Seleção sofreu apenas cinco gols e só foi derrotada duas vezes nas 19 partidas do madridista pela seleção. Militão desempenha plenamente esse papel essencial de terceiro homem na hierarquia das centrais brasileiras. E a sucessão da dobradiça Auriverde já está assegurada com o jogador de 24 anos.
- Uma vantagem sobre a concorrência
O Brasil não está sozinho em poder contar com um trio de personalidades fortes na defesa central. Holanda (Virgil van Dijk, Matthijs de Ligt, Stefan de Vrij), França (Raphaël Varane, Lucas Hernandez, Jules Koundé ou mesmo Presnel Kimpembe) Itália (Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini, Francesco Acerbi) ou Portugal (Ruben Dias, Pepe, José Fonte) também têm argumentos neste setor do jogo. Mas, tanto pela forma de momento desses indivíduos quanto pela experiência na seleção, nenhuma dessas seleções realmente compete com o Brasil na hora. Um bom motivo para o povo de Auriverde inflar suas ambições para a próxima Copa do Mundo.
Eder Militão / Brasil – Equador (Copa América 2021)
Crédito: Getty Images
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