O técnico brasileiro Tite anunciou, nesta sexta-feira, que deixou o cargo após a final da Copa do Mundo de 2022, marcada para o final do ano no Catar, onde o pentacampeão mundial estará entre os candidatos.
Publicado em 25 de fevereiro
“Não vou mentir, vou ficar até o final da Copa do Mundo”, revelou o técnico de 60 anos em um anúncio surpreendente durante entrevista ao canal brasileiro Sportif.
“Estou muito focado no meu trabalho. Sei que o futebol é feito de ciclos e tenho uma oportunidade única de me encontrar nesta posição, quando muitos outros profissionais de topo também tiveram capacidade.”
Adenor Leonardo Bacchi, mais conhecido pelo apelido de “Tite”, assumiu o comando da Seleção em 2016, após a demissão de Dunga, após um fiasco na primeira rodada da Copa América para marcar o centenário, nos Estados Unidos.
Sob sua liderança, Neymar e sua empresa se classificaram supercoloridos para a Copa do Mundo de 2018. Antes de sua chegada, começaram mal na classificação na América do Sul, em sexto lugar, para quatro vagas e outra como playoff.
Chegados à Rússia, os brasileiros não conseguiram conquistar a sexta estrela que todos no país esperavam desde 2002: foram eliminados pela Bélgica (1-2) nas quartas de final.
Recém-recuperado de uma lesão, Neymar era apenas uma sombra de si mesmo durante a Copa do Mundo e foi ridicularizado por sua queda teatral em quase todos os contatos. Sem Neymar, que segue lesionado, Tite conquistou seu primeiro (e único) título no comando da Seleção, a Copa América disputada em casa em 2019.
Para a Copa do Mundo de 2022, o Brasil dominou as eliminatórias, garantindo sua classificação cinco dias após o fim.
Mas Tite é regularmente criticado pelos torcedores de seu jogo às vezes muito defensivo, acostumando seus fãs a jogar um futebol deslumbrante com lendas como Pelé ou Ronaldinho.
Quando chegou ao comando da Seleção, Tite o coroou com excelentes resultados com o Corinthians São Paulo, com quem conquistou o Mundial de Clubes em 2012 e o Campeonato Brasileiro em 2011 e 2015.