(Washington) disse sexta-feira que a Rússia se prepara para lançar um ataque à Ucrânia, envolvendo até 175.000 soldados, no início do próximo ano. Washington Post, juntando-se às preocupações de Kiev sobre tal possibilidade.
Um alto funcionário dos Estados Unidos disse ao jornal americano, sob condição de anonimato, que Moscou se preparava para lançar “100 batalhões formados por grupos táticos com uma força estimada de 175.000 homens, além de tanques, artilharia e outros equipamentos”.
Questionado pela AFP, o Pentágono se recusou a comentar sobre a inteligência, mas disse que estava “extremamente preocupado com as evidências dos planos da Rússia de tomar medidas agressivas contra a Ucrânia”.
“Continuamos apoiando a redução das tensões na região e uma solução diplomática para o conflito no leste da Ucrânia”, disse o tenente-coronel Tony Semmelroth, porta-voz do Pentágono.
As forças russas estão concentradas em quatro locais diferentes com 50 grupos de combate tático Washington PostCitando um documento militar dos EUA.
Joe Biden aumentou a pressão sobre a Rússia na sexta-feira, dizendo que estava preparando “iniciativas” para defender a Ucrânia no caso de uma invasão, após o estacionamento de forças russas perto da fronteira com a Ucrânia.
Os serviços de inteligência ucranianos acreditam que o “período mais provável” para concluir os preparativos russos para uma “grande escalada” é o final de janeiro, disse o ministro da Justiça da Ucrânia ao parlamento, Oleksich Reznikov.
Segundo ele, cerca de 100 mil soldados russos poderiam participar de um possível ataque. A escalada é um cenário possível, mas não inevitável. O Ministro enfatizou que nossa tarefa é prevenir isso. Ele disse que a Rússia já havia iniciado “exercícios militares perto da Ucrânia” e estava “testando suas comunicações”.
“Estamos muito preocupados com os planos da Rússia de lançar uma nova agressão contra a Ucrânia”, disse o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, na quinta-feira, junto com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, com quem se encontrou em Estocolmo, em um apelo às acusações que fez no dia anterior, quando conheceu seu homólogo russo Sergei Lavrov. Ele mencionou pela primeira vez “evidências” de tais preparações para a invasão.
“Se a Rússia decidir continuar no caminho do confronto, isso sofrerá consequências terríveis”, alertou ele, após ameaçar impor sanções econômicas dolorosas na quarta-feira.
O presidente dos Estados Unidos e seu homólogo russo, Vladimir Putin, discutirão em breve, por vídeo, as tensões sobre a Ucrânia, sete anos após a anexação da Crimeia pela Rússia e a tomada por forças separatistas pró-russas de parte do leste da Ucrânia.