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Uma mulher negra será em breve nomeada para o Supremo Tribunal Federal?

O Tribunal Supremo de Brasil ela vai contar em breve uma mulher preto em suas fileiras? Esperando por Presidente Lula tomar a decisão, que seria a primeira na história do país, os activistas multiplicam iniciativas para fazer “pressão” nesse sentido.

Em meados de setembro, uma das telas luminosas da Times Square, Nova Iorque, mostrou repetidamente um spot publicitário apelando a esta nomeação. A difusão de o vídeo é uma iniciativa de dois grupos brasileiros, o Instituto de Defesa da População Negra (IDPN), coletivo de advogados, e a Coalizão pelos Direitos dos Negros, associação de defesa da população negra. legalidade racial.

Uma campanha global

No vídeo, uma garotinha negra declara que poderia ser cantora, escritora ou ginasta, inspirando-se em personalidades negras brasileiras. Mas quando sua mãe lhe diz que ela também poderia ser juiz do Supremo Tribunal Federal, a criança responde que ninguém que se pareça com ele jamais ocupou esse cargo.

Além desse spot publicitário, também foram colocados cartazes em outdoors em Nova Delhi (Índia), onde o presidente Lula participou recentemente da cúpula do G20. Um coletivo de 24 artistas também desenhou cartazes recentemente divulgados em diversas cidades do Brasil.

Mulheres negras muito pouco representadas no sistema de justiça

“É inaceitável que não haja mulheres negras neste tribunal”, disse à AFP Karen Custodio, advogada do IDPN. “Mesmo que o atual governo seja progressista, não vimos nenhum sinal de que uma mulher negra pudesse ser nomeada. Devemos pressionar para que isso mude. »

Em outubro, Lula poderá nomear um novo – ou um novo – juiz após a aposentadoria de Rosa Weber, atual presidente do STF. Os dois favoritos para esta indicação são atualmente dois homens brancos. Em 132 anos, apenas três homens negros serviram como magistrados nesta jurisdição, que atualmente conta apenas com brancos, incluindo apenas duas mulheres em onze.

Segundo o instituto de estatísticas IBGE, 56% dos brasileiros são negros ou pardos. E embora as mulheres negras representem mais de um quarto da população total, elas representam apenas 7% dos juízes de primeira instância e 2% nos tribunais de segunda instância, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão público.




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