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uma oficina “Batucada” para respirar um ar do Brasil no conservatório

Em Haute-Marne, o ensino da percussão está se diversificando com a abertura de uma oficina “Batucada” no conservatório de Saint-Dizier. Uma prática coletiva aberta a iniciantes e iniciados.

Em 2020, o conservatório com influência intermunicipal da aglomeração de São Dizier, a Der & Blaise se comprometeu a oferecer aos amantes da música o ensino de uma disciplina nascida do outro lado do Atlântico, em Brasil, a “tocar bateria“. O estudo de ritmos dançantes evocativos do sol e do carnaval foram ressoar na velha escola de música. Só que a pandemia passou por lá… Mas a oficina voltou a ser notícia.

Nenhum treinamento musical necessário. Temos que nos mexer, dançar. Em um ou dois meses, temos o básico, podemos nos divertir, tocar coisas básicas. Com o tempo, soará brasileiro.

Ricardo Abi Haila, professor de percussão.

A boa notícia para o início de 2022 é, portanto, a abertura deste novo workshop, todas as sextas-feiras das 18h às 19h, no conservatório. Jean Wiener da Cidade de Bragarde. É aberto a todos, a partir dos seis anos, sem pré-requisitos e tem capacidade para 20 alunos. Instrumentos são fornecidos. Para liderar a aula, um professor chegou pouco antes do Natal. Este é Ricardo Abi Haila.

Ricardo Abi Haila tem 29 anos. Ele é libanês. Ele deixou seu país três meses após o drama explosões no porto de Beirute, 4 de agosto de 2020.”A situação econômica é complicada lá para os músicos. Muitos trabalham no mundo árabe, mas outros lutam para sobreviver“, diz. Ricardo Abi Haila ensina em Paris, mas também em Saint-Dizier, onde compartilha seus conhecimentos de percussão clássica, cubana, árabe e a “Batucada”.

Tudo acontece entre o mestre e o aluno. Reproduzimos, imitamos. É realmente facilmente acessível, festivo, interativo.

Fabrice Kastel, diretor do conservatório.

Ele gosta de todos os tipos de percussão. Estudou com um professor brasileiro-americano e sonha um dia ir para o Brasil. “Mesmo não-músicos podem começar”, ele explica. “É diferente da bateria. Jogamos em pé. Nenhum treinamento musical necessário.

Temos que nos mexer, dançar. Em um ou dois meses, temos o básico, podemos nos divertir, tocar coisas básicas. Com o tempo, soará brasileiro. Alguns instrumentos, como o pandeiro são difíceis, devido a movimentos específicos das mãos e coordenação, mas outros não são“. Mas o professor garante a ele, o “A Batucada “está realmente aberta a todos”.

A “Batucada” é claro evocativa do Brasil onde seus ritmos ressoam ao longo dos desfiles de Carnaval. E se nasceu a vontade de lançar este workshop, é porque “queríamos nos abrir para outras estéticas, no âmbito da aula de percussão”, explica Fabrice Kastel, diretor do conservatório de Saint-Dizier.

É também uma forma de abordar a oferta do conservatório, numa prática imediata. Na “Batucada” nada está escrito. Tudo acontece entre o mestre e o aluno. Reproduzimos, imitamos. É realmente facilmente acessível, festivo, interativo. Começamos juntos. É coletivo, desde o início“.

No conservatório Jean Wiéner em Saint-Dizier, ensinamos todos os instrumentos, da flauta ao órgão litúrgico, mas também canto coral e orquestra. A “Batucada” é assim uma nova oferta, neste estabelecimento tombado, apoiada pela intercomunidade, pelo departamento de Haute-Marne e pelo Ministério da Cultura. Seus professores são graduados estaduais e emite diplomas estaduais.

Até junho de 2020, o conservatório tinha 500 alunos com curva ascendente, mas a Covid fez o número cair. “Como outros, experimentamos uma bolsa de ar”, diz o diretor, Fabrice Kastel. Hoje, o estabelecimento conta com 400 alunos.

A abertura da oficina “Batucada”, para a qual se inicia a campanha de inscrições, deverá aumentar a presença no local. “Aqueles que testaram a disciplina enviaram feedback positivo“, diz Fabrice Kastel.

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