Vacina chinesa: incidente grave e suspensão de testes no Brasil

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, classificou na terça-feira a suspensão dos testes clínicos de uma vacina experimental chinesa contra o coronavírus uma “vitória” pessoal após “um grave incidente”.

• Leia também: Brasil suspende testes de vacinas na China após ‘incidente sério’

“Outra vitória de Jair Bolsonaro”, escreveu o chefe de estado no Facebook, em resposta a um usuário que lhe perguntou se o governo concordaria em adquirir ou produzir localmente a vacina em questão se sua eficácia fosse comprovada.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, responsável pela campanha de testes, porém afirmou na noite desta segunda-feira em entrevista à TV Cultura que o “incidente grave” relatado pela agência reguladora Anvisa foi uma “morte não relacionada à vacina”.

A vacina CoronaVac, do laboratório privado chinês Sinovac, foi testada em vários milhares de voluntários no Brasil desde julho, como parte da fase III dos ensaios clínicos, última etapa antes de obter ou não o sinal verde das autoridades regulatórias.

Essa vacina chinesa está no centro de um confronto político entre Jair Bolsonaro e João Doria, governador do estado de São Paulo, que administra o Instituto Butantan e que o promove ativamente.

“Morte, anomalias. Essa é a vacina que Doria queria obrigar todos os paulistanos a receberem ”, lançou o presidente de extrema direita em seu post no Facebook.

Durante vários meses, o Sr. Bolsonaro falava da vacina Sinovac, dizendo que vinha “deste outro país”, e preferia destacar a desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca, também em fase III de testes no Brasil .

No mês passado, ele pediu o cancelamento de um protocolo de compra de 46 milhões de doses do CoronaVac assinado por seu próprio Ministério da Saúde.

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