– Le quatrième long-métrage du réalisateur, monte comme une production entre le Portugal et le Brésil, est une tragicomédie sur l’amour et l’inégalité sociale
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António Ferreira, o diretor de Embargo, Respirando debaixo d’água e A Rainha Morta [+lire aussi :
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fiche film], terminou de filmar seu último projeto, UMA Bela América, no final de dezembro. O filme, agora em pós-produção, é uma história sobre Lucas (Estevão Antunes), uma talentosa cozinheira que teve uma educação difícil e uma vida marcada por dificuldades financeiras, sociais e emocionais familiares, que se apaixona por América (São José Correia), apresentador de TV e também candidato à presidência. Sua paixão o leva a lutar não apenas por uma vida melhor, mas também por uma conexão com a América, usando suas habilidades culinárias para impressioná-la, secretamente introduzindo pratos grandiosos para ela desfrutar.
As intenções de Ferreira vão além de retratar uma simples história de amor: é um conto sobre desigualdade social, ambição e laços familiares, marcado por um ambiente sombrio, cheio de suspense, e com pequenos detalhes irônicos e momentos inesperados. De acordo com as notas do diretor, “A Bela América é uma comédia triste”, na qual ele apresenta ao público “um dilema: até que ponto está em nossas mãos moldar o destino que nos foi traçado desde o momento em que nascemos?” O diretor também observa como, hoje em dia, “vivemos com a angústia de não fazer tudo o que poderia ser feito”, e se não conseguirmos, prevalece um sentimento de culpa, “sem que percebamos que somos nossos próprios opressores, sempre esperando que um dia possamos nos libertar do mundo limitado em que vivemos, graças a todo o trabalho que fizemos.”
Neste longa, há dois personagens que simbolizam dois universos distintos: Lucas (assim como sua família) representa a grande maioria “com sonhos a realizar; a classe trabalhadora que sustenta a base da pirâmide social” sem chance de falar. A América, por outro lado, representa o universo dos “vencedores”, que podem sentir uma certa “compaixão dos privilegiados”. No entanto, a lacuna entre os dois mundos nunca parece ser cruzada ou superada. Para Ferreira, este filme é uma tentativa de “cruzar a fronteira que divide” esses dois universos: “Lucas e sua família”, pessoas que são exploradas nessa “sociedade uberizada e meritocrática”, e a vida “exuberante, destemida, abrigada” da América .
A Bela América foi escrito por Ferreira e César Santos Silva. É estrelado por Estêvão Antunes, São José Correia, Custódia Gallego e Carlos Areia, além de atores locais como Daniela Claro e João Castro Gomes. O filme está sendo produzido por Tathiani Sacilotto (um dos Produtores em Movimento 2021 da EFP, da Imagens de Persona Non Grata – Veja o entrevista), em coprodução com a Refinaria Filmes (Brasil). O projeto foi desenvolvido pela primeira vez em EAVE Puentes e garantiu o apoio da Ibermedia programa. A Bela América foi filmado na cidade de Coimbra, em vários palcos, com Paulo Castilho responsável pela cinematografia do filme e com Luísa Bebiano atuando como designer de produção.
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