No sábado, em uma reunião dos ministros das finanças do G20 focada na reforma das regras de tributação das empresas transfronteiriças, a França propôs que os países pudessem tributar um quarto dos lucros das grandes multinacionais, independentemente de onde eles são ganhos.
Os detalhes das novas regras ainda precisam ser esclarecidos depois que o G20 concordou formalmente no sábado em traçar um plano para introduzir uma taxa mínima de pelo menos 15% para o imposto sobre as sociedades.
De acordo com a última versão do esboço da declaração final, em 9 de julho, os ministros do G20 deverão aprovar o acordo recentemente concluído entre 131 países sob os auspícios da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, por um lado, “ apresentando um taxa mínima de 15. % para o imposto sobre as sociedades e, por outro lado, para a tributação a nível nacional para os lucros das empresas multinacionais.
O desenvolvimento do comércio eletrônico possibilitou que grandes empresas de tecnologia obtivessem lucros em países com impostos baixos, independentemente de onde eles os estivessem realmente fazendo.
As novas regras, que serão finalizadas na cúpula do G20 em Roma em outubro, permitirão que as nações vencedoras tributem de 20 a 30% dos lucros excedentes de uma grande multinacional, o que é definido como superior a 10% de sua receita.
O comissário de Economia da UE, Paolo Gentiloni, disse na reunião que países em desenvolvimento como o Brasil pressionaram por uma participação maior.
“Acho que a melhor solução seria alocar um dividendo de 25% para atender às preocupações de alguns países em desenvolvimento que são legítimas”, disse o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, a repórteres.
As empresas no âmbito das novas regras serão multinacionais com faturamento global superior a 20 bilhões de euros (US $ 23,8 bilhões), embora esse limite possa ser reduzido para 10 bilhões de euros após sete anos.
Paolo Gentiloni disse que alguns países estão pressionando pelo limite de US $ 10 bilhões, enquanto outros querem que certos setores industriais sejam excluídos do escopo das novas regras, bem como serviços financeiros e indústrias de mineração já isentos.
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