O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vetou na quarta-feira um projeto de lei para liberar fundos para ajudar o setor cultural duramente atingido pela pandemia de coronavírus.
O projeto de lei Paulo Gustavo, batizado em homenagem a um comediante muito popular que morreu de Covid-19 aos 42 anos no ano passado, destinou 3,86 bilhões de reais (cerca de 750 milhões de euros) em fundos federais para artistas e outros atores do mundo cultural.
Esses recursos deveriam ser pagos às diversas prefeituras (estados e municípios) para apoiar os atores locais do setor cultural.
O projeto havia sido aprovado por grande maioria no Parlamento, mas o presidente Bolsonaro argumentou em seu veto publicado no Diário Oficial que era “contrário ao interesse público“.
Segundo ele, ele ameaçaria causar uma superação do teto de gastos imposto ao governo.
Mas a oposição acredita que este é apenas um pretexto invocado por um presidente de extrema-direita que relegou o Ministério da Cultura a uma simples secretaria, sob a supervisão do Ministério do Turismo.
“Não é surpresa ver Bolsonaro vetar o projeto de Paulo Gustavo, já que seu governo odeia cultura“, tuitou a senadora Zenaide Maia, do partido de oposição PROS.
“Esse veto também mostra falta de visão (de longo prazo). Investimentos em cultura ajudam o Brasil a sair da crise e geram empregos“, ela insiste.
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