O sucesso do leilão de concessões de tratamento de água do Rio de Janeiro é uma vitória do presidente Jair Bolsonaro.
O leilão de concessões de tratamento de água no Rio de Janeiro foi um grande sucesso para o presidente Jair Bolsonaro e seu programa de privatizações, no valor de 3,5 bilhões de euros (3,85 bilhões de francos), ou mais do que o dobro do valor mínimo.
“É uma virada na nossa história, na nossa economia”, declarou o chefe de Estado, que fez a viagem a São Paulo, após a decisão. No entanto, esses leilões, os mais importantes já realizados para o setor de águas no Brasil, quase nunca foram realizados, tendo sido suspensos na véspera pelos deputados da Assembleia Legislativa do Rio.
Mas o governador Claudio Castro, aliado do presidente Bolsonaro, conseguiu preservá-lo com um decreto emitido poucas horas depois. “Esses leilões nos dão esperança de um futuro melhor para nosso povo e é uma mensagem importante para quem quer investir no Rio”, disse o governador após o leilão.
Esse sucesso é especialmente um alívio para Paolo Guides, o ministro da economia ultraliberal que viu seu amplo plano de privatização prejudicar seriamente a pandemia do coronavírus. “É preciso ter confiança no Brasil. Ele garantiu que vamos retomar o crescimento e superar as duas ondas da epidemia e a crise econômica.”
Um dos quatro blocos de franquia da Cedae não encontrou um destinatário, mas a competição era acirrada pelos outros três. A Aegea, uma das empresas líderes no setor de água no Brasil, que se beneficiou desses leilões com o apoio financeiro do fundo soberano de Cingapura, ganhou dois grupos.
O Grupo Igua, que em 45% é detido pelo Canada Pension Fund, o Canada Pension Plan Investment Board, também ganhou a distinção. As empresas também se comprometeram a fazer inúmeros investimentos, no valor de € 4,6 bilhões (5 bilhões de francos), ao longo dos 35 anos de concessão, notadamente na limpeza da Baía de Guanabara e na infraestrutura da favela.
O banco público BNDES se comprometeu a financiar até 55% dos investimentos desse projeto faraônico, que pode gerar 45 mil empregos. As concessões referem-se às atividades de distribuição e saneamento da empresa pública Cedae, que tem sido amplamente criticada nos últimos anos pela má qualidade da água – muitas vezes turva, fedorenta e terrosa – que sai das torneiras do Rio.
Mas a entrada do setor privado neste setor tão importante para a população está longe de ser unânime, e ruidosos manifestantes anti-Bolsonaro foram ouvidos durante os leilões, que foram transmitidos online. Muitos críticos da privatização da água, em particular, temem um aumento nas tarifas, mesmo se o contrato de concessão estipular que elas não serão reajustadas por um aumento além da inflação.
As empresas privadas enfrentarão enormes desafios que devem ser enfrentados, principalmente em questões ambientais, devido à enorme quantidade de efluentes que flui para os cursos d’água. Há outro obstáculo a ser superado: são muitas as áreas que ainda não têm esgoto nas favelas, que muitas vezes vivem sob o jugo de traficantes ou milícias criminosas.
No entanto, o sucesso desses leilões pode levar outros governadores de estados a recorrer ao setor privado para modernizar sua rede de tratamento de água. Quase 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água potável e cerca de 100 milhões não têm rede de esgoto, o que representa quase metade da população. Em junho, o Parlamento aprovou uma lei que visa facilitar a entrada de grupos privados em projetos de saneamento, para que todos os residentes possam se beneficiar de água potável e saneamento a partir daqui.
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