Este suntuoso afresco familiar em preto e branco fala do Brasil de hoje reconstituindo o de ontem.
“É a vida tentando com todas as suas forças parecer uma boa ficção.” Essa frase do escritor soviético Isaac Babel, Matthias Lehmann coloca na boca de Severino, um dos principais atores do Chumbo. A sua trajetória, tal como a dos restantes membros dos seus irmãos – Ramires, Adélia, Úrsula ou Berenice – constitui um dos fios que o designer franco-brasileiro traça ao longo de quase trezentas e cinquenta páginas e sete décadas.
Para escrever este impressionante e bem documentado afresco, ele se inspirou em sua família brasileira. Ele inventa assim o de seus protagonistas, originário – como o real – da cidade de Belo Horizonte. Mais do que credíveis, estas personagens permitem-lhe animar a sua saga, inserir humor, assuntos do coração e reviravoltas. Mas estes personagens evoluem numa tela cuja escala os excede.
Lehmann revisita assim a grande história do Brasil, entre ditadura e democracia, comunismo e (já) extrema direita, pobreza e riqueza. Brincando com tipografias e recortes de imprensa, deslizando entre os capítulos de desenhos satíricos de sua autoria, o designer coloca seu hachurado e sua generosidade gráfica, marcada por Robert Crumb, a serviço de um sopro romântico que nunca se apaga.
Chumbo de Matias Lehmann (Casterman), 368 p., 29,95€. Nas livrarias em 30 de agosto.
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