Uma das primeiras medidas tomadas pelo presidente Lula após a reeleição foi o relançamento do programa “Minha Casa Minha Vida”, “minha casa, minha vida”, suspenso por seu antecessor Jair Bolsonaro. Este sistema, implementado em 2009, pretende responder a um dos principais desafios enfrentados pelo país: o acesso à habitação das classes média e trabalhadora.
Desde trabalhadores pobres da economia informal que se aglomeram em famílias inteiras nas favelas do Rio até jovens profissionais em São Paulo que aceitam estúdios cada vez mais pequenos, esta dificuldade afecta grande parte da população. Os sucessivos governos responderam tradicionalmente incentivando o acesso à propriedade. O programa Minha Casa Minha Vida, que financia a construção de novas habitações, não foge à regra, mas destaca-se pela dimensão da sua ambição e pelos recursos mobilizados. No entanto, ao centrar-se na produção de habitação sem ter em conta a necessidade de equipamentos e infra-estruturas públicas, contribuiu para o surgimento de bairros padronizados e isolados, aos quais muitas famílias relutam em aderir. Limites que Lula prometeu levar em conta na nova versão do programa.
Quais as causas das dificuldades crônicas de acesso à moradia no Brasil? Que avaliação podemos tirar da primeira década de implementação do Minha Casa Minha Vida, antes de sua suspensão por Jair Bolsonaro? Como o presidente Lula vê o relançamento do programa?
Mundo das Culturas
58 minutos
Com Yaneira Wilsonarquiteto-urbanista, pesquisador da Escola Nacional de Arquitetura de Paris Val-de-Seine (ENAPVS) e autor de uma tese sobre habitação social na Venezuela
Em Abril de 2011, Hugo Chávez, então presidente da Venezuela, lançou uma importante missão habitacional. Um plano dividido em várias partes, a última das quais deverá ser concluída em 2025 com a construção de cinco milhões de unidades de habitação social autoadministradas pelas comunidades. Um projecto tão ambicioso na sua escala como inovador na sua forma política. Como é que os habitantes se apoderaram deste novo projecto de convivência e permitiu ao país eliminar os bairros de lata que florescem nas periferias das grandes cidades do país?
Concordância de tempo
59 minutos
Referências bibliográficas:
Hervé Théry, Brasil. País emergente, Armand-Colin2016
Eloisa Dias Gonçalves*,* “A metrópole. Um novo território para o direito à moradia no Brasil”, Paris I – Panthéon Sorbonne, 2020
Yaneira Wilson, “Política municipal em imagens: o caso da Gran Misión Vivienda Venezuela (2011-2020)”, Paris X – Nanterre, 2020
Referências sonoras:
Em 2016, Dilma Roussef, então presidente, proclamou o seu apego ao programa. ( YouTube)
Um morador de habitação social em São Paulo conta a reação de seu avô quando ele entrou pela primeira vez no HLM ( YouTube)
Em novembro de 2023, Lula afirma que devemos fazer melhor e mais em termos de habitação. ( YouTube)
Duas jovens descobrem seu novo alojamento após o relançamento do programa de Lula
Arte – Brasil: moradia melhor para os pobres – 2024
Para Rodrigo Ashiuchi, prefeito direitista de Suzano, beneficiado pelo programa, isso vai além das divisões políticas
Arte – Brasil: moradia melhor para os pobres – 2024
Hugo Chávez lançou a Grande Missão Habitacional da Venezuela em abril de 2011 ( YouTube)
Referências musicais:
Instrumental: Boards of Canada – 'Nova semente'
Kamaitachi- Canoa (2023)
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro se encontra em crise mais uma vez. A polícia brasileira…
Quando questionado pela televisão espanhola, um ex-companheiro de prisão de Daniel Alves afirmou que o…
Criar uma conta Habilite o JavaScript no seu navegador para acessar o cadastro em…
Os motores elétricos servem como a espinha dorsal das operações industriais, impulsionando uma infinidade de…
René Nader Misura e João Salaviza retratam incansavelmente a resistência Krahu no Nordeste do Brasil.…
A taxa de excitação de átomos sob diferentes valores de ohm. Fonte: Arksif (2024). doi:…