Em várias ocasiões, o juiz Alexandre de Moraes escreveu nesta decisão que o Telegram “não respeitou as liminares”, que ordenam a “suspensão total e completa da operação no Brasil do Telegram”, que foi baixado para 53% dos celulares e é muito popular entre os apoiadores do presidente de direita, o extremista Jair Bolsonaro.
Este aplicativo russo, com sede em Dubai, tem sido um dos pilares da estratégia de campanha de Bolsonaro, que visa reeleger o presidente em outubro e defender a liberdade de expressão sem fronteiras.
Ao contrário de outras plataformas, quase não há modificação no conteúdo das postagens e os grupos podem ter até 200 mil membros, o que aumenta muito o potencial viral das notícias falsas.
“Nossa conta do Telegram fornece informações diárias sobre as ações de interesse nacional (do governo), que infelizmente foram deletadas por muitos”, escreveu o chefe de Estado na manhã de sexta-feira no Twitter, antes da publicação da decisão de Moraes.
O juiz do Supremo cita em particular a recusa do Telegram em bloquear, a pedido da justiça brasileira, a conta de Allan dos Santos, um blogueiro bolsonarista sob investigação por desinformação.
O juiz também observou a falta de cooperação da plataforma em casos de pornografia infantil.
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