Medo pelo Brasil. Além da cena desastrosa ocorrida na noite de terça-feira nas arquibancadas do Maracanã, com novos confrontos entre torcedores brasileiros e argentinos, violentamente reprimidos com cassetetes pela polícia carioca, a Seleção infelizmente sofreu uma derrota histórica contra a Albiceleste. Histórica porque é a primeira derrota em casa na história das Eliminatórias para a Copa do Mundo dos companheiros de Marquinhos.
Histórico também porque estamos falando da terceira derrota consecutiva do Brasil, depois de duas derrotas consecutivas no mês passado para Colômbia e Uruguai. Os homens de Fernando Diniz estão atualmente em sexto e último lugar nas eliminatórias para a próxima Copa do Mundo no Canadá, México e Estados Unidos. Existe perigo na casa? Podemos imaginar por um momento que o grande Brasil vacile e perca a Copa do Mundo pela primeira vez em sua história?
Devemos logicamente começar com “não”. Porque fazer essa pergunta tão cedo nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 é uma clara traição intelectual. A equipa de Fernando Diniz disputou apenas seis dos dezoito jogos de qualificação e terá muito que compensar nos restantes doze jogos.
Esse terceiro revés na mudança certamente é uma mancha na camisa amarela pura da Seleção, mas é difícil imaginar que a turma de Marque não faça uma reprise nos próximos dias, o que só acontecerá um ano depois, a partir de Setembro de 2024. Com recepção do Equador e viagem ao Paraguai. Principalmente porque nesse momento o cafetão do banco não será mais o interino Fernando Diniz, mas sim o grande Carlo Ancelotti. Que costumava prometer ao país de Pelé que se juntaria a ele no final da temporadadepois de vencer a 457ª Liga dos Campeões com o Real Madrid.
Sem querer desrespeitar o pouco conhecido ex-meio-campista do time fora das fronteiras brasileiras, que treina paralelamente o Fluminense e tem treze experiências diferentes em outros tantos anos no banco, o homem não joga no mesmo campo que o homem com as sobrancelhas franzidas. Se Ancelotti aceitar este casamento com o Brasil, apesar do seu brilhantismo e apetite, não é do interesse do clima moderado nem permanecer nos anais da história como o primeiro tolo que não conseguiu se classificar para a lendária seleção para a Copa do Mundo.
Sim, porque somos grandes seguidores da teoria do caos
Admitimos que imaginar tal cenário não é fácil, mas com um pouco de imaginação e muita má-fé nada é impossível. Se partirmos do princípio que o nosso terceiro professor de matemática do Quatre-Vents College em Llanmore nos disse quando viu o desenvolvimento dos nossos resultados, “então é possível cavar um pouco mais fundo agora que já tocámos o fundo”, e então o Brasil poderá continuar sua seqüência de derrotas.
O seu início não remonta a esta derrota frente à Argentina, nem ao seu início desastroso nas eliminatórias, mas remonta a muitos anos atrás. Desde a última vitória na Copa do Mundo em 2002, numa época em que a grande coceira no cabelo de Ronaldo estava em voga (não), os brasileiros nunca passaram da fase das quartas de final. Por fim, sim, em 2014, em casa, mas a derrota que a equipa sofreu em Mondwegen frente à Alemanha (7-1) deveria tê-los encorajado a sair “de forma limpa” na eliminatória anterior.
No entanto, os resultados recentes da Seleção na Copa do Mundo provavelmente preocuparão seus torcedores mais otimistas. Principalmente porque Marquinhos e sua espuma mental na hora das eliminatórias ainda estarão em jogo por mais alguns anos, e Neymar não está pronto para voltar. Então por que não acelerar o processo e evitar passar pela caixa da “eliminação da fase de grupos” só para queimar tudo para recomeçar de forma saudável? Portanto, nunca devemos subestimar estas histórias de carma e reações adversas. O país que elegeu Jair Bolsonaro poderá passar adequadamente pelas gotas do julgamento da história? Afinal, o Brasil vai se recuperar. A evidência é que a Itália ainda está de pé, apesar da sua ausência duas vezes consecutivas nas duas últimas edições da Copa do Mundo.
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