É natural que o conflito árabe-israelense desperte emoções.
• Leia também: Políticos denunciam manifestação em apoio ao povo palestino
Os seus acontecimentos decorrem na Terra Santa, num local que é um dos pontos de origem da nossa civilização e onde hoje se encarna de forma mais violenta o que chamamos de choque de civilizações.
Coloca questões fundamentais que desafiam a todos nós.
Israel é um pequeno país enraizado numa parte do mundo que não o quer.
Na melhor das hipóteses, toleramo-lo e, na pior, procuramos destruí-lo. O ataque de sábado é testemunho disso.
Islamismo
O povo judeu é assombrado, com razão, pela memória das numerosas perseguições ao longo da sua história e do genocídio cometido pelos nazis, que permanecerá para sempre gravado na memória da humanidade.
O povo judeu hoje também está obcecado com a possibilidade da sua própria imersão demográfica. Os judeus temem que um dia se tornem uma minoria em Israel. Além disso, não desejamos este mau destino a ninguém.
Quanto aos palestinianos, a sua tragédia não pode ser negada. São um povo sem Estado, em busca da sua pátria. O seu destino recorda-nos quão trágico é privar uma nação da sua independência.
Só podemos lamentar que a causa palestiniana tenha sido sequestrada pelo Hamas, que não é considerado um movimento nacionalista, mas sim um movimento islâmico, e cujo objectivo claro é a aniquilação de Israel.
Contudo, a paixão por este conflito é uma coisa, e importá-lo para as sociedades ocidentais é outra.
No entanto, é isto que acontece quando vemos comunidades árabes com origem imigrante a demonstrar o seu apoio às políticas do Hamas nos nossos países.
A história é diferente quando se pode ouvir nestes protestos, como foi o caso em Sydney, na Austrália, “gaseamento de judeus”.
É outro caso quando locais da comunidade judaica em França estão agora sob protecção policial. Devo dizer que isto não é novidade em França. Nas últimas décadas, notamos que depois que o bairro foi islamizado, os judeus não eram mais bem-vindos ali. Isto é o que chamamos humildemente de “Territórios Perdidos da República” há vinte anos.
Montreal não foi poupada a estas manifestações: agitar a bandeira palestiniana depois de um ataque violento do Hamas foi abominável.
Por outras palavras, um grande número de cidadãos de países ocidentais originários de países do Médio Oriente permanecem ontologicamente ligados, primeiro, aos seus países de origem, mesmo depois de várias gerações, e, em segundo lugar, aos países que, no entanto, os acolheram.
Multiculturalismo
Isso é chamado de problema de dupla lealdade. A questão vai além da questão palestina, como vemos quando falamos dos problemas associados à interferência chinesa no Canadá. Vemos isto também nas nossas complexas relações com a Índia atualmente.
Há muito que se esperava que a migração em massa combinada com o multiculturalismo no contexto de um choque de civilizações criasse uma sociedade cada vez mais conflituosa. Estamos aqui.
Não há razão para acreditar que a situação irá melhorar.
Quer mais conteúdo de
Não perca a transmissão ao vivo todos os dias a partir das 8h30
Ou em
Na plataforma de áudio
.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro se encontra em crise mais uma vez. A polícia brasileira…
Quando questionado pela televisão espanhola, um ex-companheiro de prisão de Daniel Alves afirmou que o…
Criar uma conta Habilite o JavaScript no seu navegador para acessar o cadastro em…
Os motores elétricos servem como a espinha dorsal das operações industriais, impulsionando uma infinidade de…
René Nader Misura e João Salaviza retratam incansavelmente a resistência Krahu no Nordeste do Brasil.…
A taxa de excitação de átomos sob diferentes valores de ohm. Fonte: Arksif (2024). doi:…