Parlamentares dos EUA pediram nesta terça-feira à Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que divulgue um relatório sobre Xinjiang, onde o tratamento dos uigures cristalizou as tensões entre a China e os ocidentais, antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim.
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A publicação deste relatório antes das Olimpíadas, marcadas para 4 a 20 de fevereiro, “reafirmaria o fato de que nenhum país está acima da lei ou da lei internacional”, disseram os dois democratas eleitos para chefiar o grupo do Congresso dedicado à China, o senador Jeff Merkley e eleito oficial James McGovern.
Michelle Bachelet, que dirige o Alto Comissariado, há anos pede a Pequim “acesso significativo e desimpedido” a Xinjiang, mas tal visita ainda não foi possível.
Em meados de dezembro, um porta-voz do Alto Comissário indicou que um relatório poderia ser publicado em “algumas semanas”.
Mas os defensores dos direitos humanos estão pedindo às Nações Unidas que adotem uma linha dura.
Várias organizações de direitos humanos acusaram a China de deter pelo menos um milhão de muçulmanos em Xinjiang em “campos de reeducação”. Pequim nega esse número e fala sobre “centros de treinamento vocacional” para apoiar o emprego e combater o extremismo religioso.
Os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Reino Unido anunciaram que não enviarão representação oficial aos Jogos devido ao “genocídio e crimes contra a humanidade em curso em Xinjiang e outras violações dos direitos humanos”.
Por outro lado, os atletas desses países participarão bem das competições.