O Banco do Brasil espera lucro líquido recorrente, excluindo itens excepcionais, entre R$ 23 bilhões (US$ 4,4 bilhões) e R$ 26 bilhões neste ano, ante R$ 21 bilhões em 2021.
O banco disse que planeja superar a fraca perspectiva de crescimento no Brasil graças à qualidade dos ativos, maior receita líquida de juros e venda de serviços financeiros.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa foram estimadas em R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões, abaixo dos R$ 13,1 bilhões em 2021. A maior economia da América Latina deve registrar pouca ou nenhuma expansão econômica este ano, o que prejudicará consumidores e empresas.
O crescimento da carteira de crédito também deve desacelerar para entre 8 e 12%, ante 19,1% no ano passado, principalmente devido aos empréstimos rurais e ao consumidor.
No entanto, o banco disse que espera que as receitas de tarifas aumentem de 4 a 8%, em linha com as previsões divulgadas na semana passada por bancos convencionais como Itaú Unibanco Holding SA e Banco Bradesco SA.
No entanto, no contexto de inflação acelerada no Brasil, espera-se que os custos operacionais aumentem em uma taxa semelhante. Em 2021, o Banco do Brasil conseguiu controlar a inflação e alcançar um aumento de apenas 1,4% em suas despesas.
O Banco do Brasil registrou um salto de 60,5% no lucro líquido do ano passado, para R$ 5,9 trilhões, superando a estimativa média de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 4,81 trilhões.
Os lucros foram suportados principalmente por provisões para perdas com empréstimos no valor de 3,790 bilhões de riais, uma queda de 26,5% em relação ao ano anterior. A taxa de inadimplência de 90 dias foi de 1,75%, ligeiramente abaixo do trimestre anterior.
A receita líquida de juros – uma medida da receita de empréstimos menos o custo dos depósitos – aumentou 4,5% em relação ao ano anterior, para OMR 14,801 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido, indicador de rentabilidade, foi de 16,6%, 2,3 pontos percentuais acima do trimestre anterior.
(1 dólar = 5,2149 riais)