A Arquidiocese de São Francisco entrou com pedido de proteção contra falência, pois enfrenta mais de 500 ações judiciais por abuso sexual infantil.
“A triste verdade é que a diocese não tem nem os meios financeiros nem a capacidade prática para abrir processos individuais por todos estes abusos”, disse o Arcebispo Salvatore Cordellione num comunicado.
Ele acrescentou: “Portanto, após cuidadosa consideração, concluiu-se que o processo de falência é o melhor curso de ação para fornecer uma compensação justa e equitativa aos sobreviventes inocentes que foram afetados”.
Paróquias, escolas, cemitérios e organizações relacionadas não serão afetadas por esta falência.
Por sua vez, a Rede de Sobreviventes de Violações Cometidas por Padres questiona esta decisão.
“Suspeitamos fortemente que a Arquidiocese de São Francisco não pode dar-se ao luxo de resolver estes processos”, disse ele. “Achamos perturbador que o Arcebispo Cordellione tenha afirmado que esta é a ‘melhor maneira’ de resolver as ações judiciais movidas pelas vítimas”.
“A grande maioria dos mais de 500 pedidos resulta de alegações de abuso sexual que ocorreram há 30 anos ou mais, envolvendo padres que já não estão activos no ministério ou que já faleceram”, observou o arcebispo.
Esta falência segue-se à falência da Diocese Católica de Oakland, também localizada na área da Baía de São Francisco, que recebeu mais de 300 queixas de agressão sexual.