A empresa brasileira de tecnologia financeira Pagbank disse na quinta-feira que seu lucro do terceiro trimestre aumentou 8% em relação ao ano anterior, principalmente devido a uma queda nos custos financeiros.
A empresa registrou lucro líquido de 411 milhões de reais, superando a estimativa de 398,58 milhões de reais dos analistas consultados pela LSEG.
Em termos recorrentes, que excluem os efeitos do programa de bonificação em ações para executivos implementado no trimestre, o lucro foi de 440 milhões de reais, um aumento de 7% e também acima das expectativas. analistas.
Para o Pagbank, que atua como processador de pagamentos e banco digital, o crescimento do lucro ocorre mesmo com a receita do período permanecendo quase estável em relação ao ano anterior, em 4 bilhões de reais, e em linha com as estimativas.
“Esperamos retomar o crescimento das receitas a partir do quarto trimestre de 2023”, disse Eric Oliveira, diretor executivo de relações com investidores, à Reuters.
O segmento de processamento de pagamentos da empresa, seu principal negócio, registrou volume total de pagamentos (TPV) de 99,8 bilhões de reais, um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
“A tendência para os próximos meses é positiva”, disse o CEO Alexandre Magnani sobre a medida.
“O volume total de pagamentos acelerou ao longo dos meses no terceiro trimestre, e observamos a mesma tendência no quarto trimestre”, acrescentou o CFO Artur Schunck, sem dar mais detalhes.
Os custos financeiros caíram 11%, para 820 milhões de reais, a primeira queda ano a ano desde 2021, quando começou o ciclo de aumento da taxa de juros Selic no Brasil.
O banco central do Brasil aumentou as taxas para um máximo de 13,75%, o que foi mantido de agosto de 2022 até junho deste ano, quando iniciou um ciclo de redução de taxas que é de 10 a 20 anos.
que deve continuar
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A queda nos custos financeiros do Pagbank não está apenas ligada ao início do ciclo de redução das taxas no Brasil, mas também ao aumento da participação dos depósitos de clientes no financiamento da empresa, “porque os depósitos são agora uma fonte de financiamento mais barata para a empresa ”, acrescentou Oliveira.
Os depósitos aumentaram 11%, para 21,6 bilhões de reais, em relação ao ano anterior. (Reportagem de Andre Romani; escrito por Peter Frontini; editado por Kylie Madry)