Confirmação! Lucas Braathen esquiará pelo Brasil

Confirmação!  Lucas Braathen esquiará pelo Brasil

A encenação foi perfeita. Ao entrar seu patrocinador Red Bull no arrojado Hangar-7 de Salzburgo, fomos recebidos por imagens de Lucas Braathen em traje de esqui decorado com penas, estilo carnaval carioca. No palco, fotos de esqui misturadas com as cores brasileiras.

Há dias esperávamos essa notícia, mas ela finalmente foi confirmada na quinta-feira: o rockstar do esqui almeja retornar à Copa do Mundo e isso sob as cores do Brasil, país de sua mãe. “É com muito orgulho que anuncio o meu regresso ao mundo do esqui e farei isso sob as cores do país onde descobri o meu amor pelo desporto: o Brasil”, disse o campeão de 23 anos, falando primeiro em português. , antes de mudar para o inglês para a imprensa, principalmente austríaca e norueguesa, em conjunto.

Uma nova estrutura privada

Há quatro meses e meio, Lucas Braathen anunciou durante uma emocionante coletiva de imprensa em Sölden que estava encerrando sua carreira, citando um desentendimento com a federação norueguesa. A aposentadoria de uma das maiores estrelas do circuito, um esquiador de enorme carisma que deu nova vida a um Circo Branco, muitas vezes um tanto rígido, causou um choque às vésperas da abertura da Copa do Mundo.

Agora, o vencedor do Globo de slalom do ano passado está pronto para colocar os esquis novamente e atacar novamente entre os portões. Desta vez será dentro de uma pequena equipe privada liderada por seu pai Bjorn. Um grande programa de treinamento em gigante e slalom está planejado nos próximos meses com o objetivo de estar pronto a tempo para a abertura da próxima temporada, no final de outubro, em Sölden.

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Uma partida em bons termos

Objetivo facilitado pela federação norueguesa, que lhe permitiu transferir seus pontos FIS para sua nova licença brasileira, o que representou um critério essencial para poder disputar a Copa do Mundo. Sem isso, o campeão teria que recomeçar nas corridas da FIS, depois na Copa da Europa para acumular pontos suficientes para se classificar entre a elite. Apesar das divergências anteriores, Lucas Braathen expressou nesta quinta-feira sua gratidão por ter conseguido deixar a federação em boas condições.

Para a federação brasileira de esportes de neve, a chegada de tal atleta é uma dádiva de Deus, como reconhece seu presidente Anders Pettersson, também presente em Salzburgo. Ele garantiu oferecer a Lucas Braathen “flexibilidade, apoio, espaço” para se desenvolver”. “Queremos permitir que ele realize seus sonhos.” Um comentário sem dúvida destinado a tranquilizar o esquiador que se queixava da falta de liberdade entre os noruegueses.

A conquista em janeiro

Pouco depois de seu anúncio de aposentadoria em Sölden, começaram a surgir rumores sobre um futuro com as cores brasileiras para Lucas Braathen. Mas o esquiador com cinco vitórias em Copas do Mundo insistiu que a ideia de voltar a esquiar há muito lhe parecia “fantasiosa”. Somente em janeiro, com o apoio de seus patrocinadores, ele contatou a federação brasileira para lançar o procedimento de mudança de nacionalidade.

“O que senti falta foi acordar todos os dias com o objetivo de ser o melhor do mundo em alguma coisa”, disse ele sobre os motivos para retornar. O campeão, queridinho das redes sociais, se dedicou a outros hobbies durante sua ausência no Circo Branco, entre outras atividades como modelo em desfiles de moda e apresentador de noites como DJ, como foi o caso em Kitzbühel. “Mas percebi que fui obrigado a dançar na neve”, insistiu ele.

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Para ser o melhor novamente

Mesmo sem ser titular na competição, Lucas Braathen nunca ficou longe das pistas. Ele continuou a trabalhar com seu fabricante de equipamentos Atomic, desenvolvendo novos protótipos e testando-os na neve. Em janeiro, ele fez uma visita bastante divulgada ao Streif durante o fim de semana de Hahnenkamm, participando inclusive do reconhecimento da descida antes da corrida.

Sob uma nova bandeira, o vencedor de Wengen e Adelboden almeja agora novos pódios e novas vitórias, bem como os próximos Campeonatos Mundiais e os Jogos Olímpicos. “Eu não voltaria se não tivesse o desejo de ser o melhor novamente”, diz ele. Nós acreditamos nisso.

Sim Sim Wissgott, Salzburgo

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