Um importante estudo internacional demonstrou que o uso prolongado de telemóveis não está associado a um risco aumentado de cancro no cérebro.
Os pesquisadores acompanharam 250 mil usuários de telefones celulares, incluindo pessoas que usaram seus telefones por longos períodos de tempo, durante os 17 anos do projeto.
A pesquisa, conduzida pelo Imperial College London e pelo Instituto Karolinska da Suécia, perguntou a voluntários sobre o uso de telefones celulares e depois os acompanhou para ver se mais tarde desenvolviam um tumor. Há muito que existe a preocupação de que as ondas eletromagnéticas emitidas pelos telefones representem um risco para a saúde, mas o estudo não encontrou nenhuma ligação com um risco aumentado de cancro no cérebro.
A professora Mireille Toledano, do Imperial College, descreveu os resultados como “tranquilizadores”, especialmente porque o uso do telefone celular hoje é muito diferente de quando o estudo começou. Os telefones mais novos emitem campos eletromagnéticos mais fracos e “as pessoas hoje também passam muito menos tempo com o telefone na frente da cabeça e mais tempo em videochamadas, redes sociais e navegando na Internet”.
O professor Paul Elliott, também do Imperial College, acrescentou: “Este é o maior estudo multinacional de longo prazo do mundo [of its kind]. Não encontramos evidências de que o uso intenso ou prolongado de telefones celulares esteja associado ao risco de tumores cerebrais comuns.
A investigação da equipa, publicada na revista Environment International, descobriu que a prevalência de tumores cerebrais entre os dez por cento das pessoas que passavam mais horas ao telemóvel não era significativamente diferente daquelas que usavam o telemóvel com muito menos frequência.