A lista de participantes é finalmente revelada: BRICS e o Sul estarão bem representados no Bürgenstock

O suspense manteve-se até à véspera da reunião de paz de Bürgenstock. Quem virá, quem desistirá? A participação foi um primeiro critério para o sucesso ou fracasso de uma cimeira dilacerada por questões geoestratégicas que vão além da simples questão da agressão russa à Ucrânia. Face à lista publicada sexta-feira pelo Departamento Federal dos Negócios Estrangeiros (FDFA), o resultado corresponde aos objetivos que Berna se propôs em janeiro. No início de maio, Viola Amherd havia enviado 160 cartas-convite. Cem delegações, incluindo 92 estados, viajarão para Nidwalden. “A participação na conferência reflete uma diversidade real, estamos longe da intercomunidade ocidental de que ouvimos falar antes do evento”, explica Nicolas Bideau, chefe de comunicações do DFAE.

Boa metade desses estados será composta por membros do que os diplomatas chamam de “bloco ocidental”. Quase todos os países europeus, Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul e até Austrália estarão presentes ao mais alto nível. São anunciados cinquenta e sete chefes de estado e de governo, algo inédito para uma reunião organizada pela Suíça. Esta tabela será completada por cerca de dez países da América Latina, cerca de dez países africanos, cerca de dez da Ásia-Pacífico e seis países do Golfo. Não tendo a Rússia sido convidada e tendo a China recusado, um dos desafios da conferência foi garantir o apoio de outros membros da organização BRICS+. Vários deles farão a viagem, mas em níveis hierárquicos inferiores.