Dois ativistas ambientais, que foram presos na quinta-feira depois de pintarem aviões particulares na pista de um aeroporto de Londres, foram mantidos em prisão preventiva no sábado, antes de uma nova audiência marcada para julho.
Por volta das 5h (4h GMT) de quinta-feira, dois ativistas de 22 e 28 anos da Just Stop Oil cortaram uma cerca no movimentado Aeroporto Internacional de Stansted, a nordeste da capital britânica, para entrar na área onde estacionam muitos aviões particulares.
Uma vez lá dentro, os ativistas pulverizaram dois aviões com bombas cheias de tinta laranja antes de serem presos.
As duas mulheres, que foram julgadas em privado por danos criminais e invasão agravada, foram ouvidas pelos tribunais britânicos no sábado e declararam-se inocentes.
Segundo a promotoria, o custo da limpeza da pintura foi de 52 mil libras esterlinas (90 mil dólares).
Eles foram detidos sob custódia e comparecerão perante o Tribunal de Magistrados de Chelmsford, no nordeste de Londres, em 22 de julho.
Num comunicado de imprensa da Just Stop Oil, um dos dois activistas detidos na quinta-feira criticou “bilionários que vivem no luxo e têm meios para voar em aviões privados, sem se preocuparem com as condições de vida” de milhões de pessoas afectadas pelas consequências da a crise climática.
“Os viajantes que utilizam aeronaves privadas são responsáveis por 14 vezes mais emissões de dióxido de carbono do que aqueles que viajam num voo comercial”, acrescentou o grupo ambientalista.
A Just Stop Oil apela ao fim da exploração de combustíveis fósseis até 2030. As suas ações surpreendentes e controversas, especialmente em museus, durante competições desportivas ou durante espetáculos, resultam regularmente em penas de prisão para os seus ativistas.
