A francesa enfrentou Sawyer Lindblad pela primeira vez no primeiro round. Nas ressurgentes mas tão caprichosas esquerdas da praia de Itaúna, a estreante americana só precisou surfar duas ondas, negociadas com precisão e agressividade no frontside, para completar seu total de vitórias (11,77). Apenas o primeiro colocado com acesso direto às quartas de final, Defay (10,60) e Molly Picklum (7,00) foram ambos transferidos para a repescagem. O ilhéu da Reunião e o australiano, respetivamente 5.º e 4.º do mundo, não foram, no entanto, os únicos surfistas do top 5 a terem de passar por esta sessão de recuperação, uma vez que também receberam a líder do CT Caitlin Simmers e Brisa Hennessy ( 3º).
Simmers, Hennessy e Picklum conseguiram então apagar o erro inicial: sofrendo nos dois primeiros às custas das convidadas brasileiras Taina Hinckel (12h50-12h00) e Sophia Medina (8h50-6h60); mais facilmente para o terceiro lugar contra Bettylou Sakura Johnson (12.23-6.90), que vê suas chances de competir nos play-offs diminuir consideravelmente. Ao contrário das suas três rivais no top 5 mundial, Johanne Defay, por sua vez, não superou o obstáculo. Entre quedas e má escolha de ondas, a finalista da prova de 2022 não encontrou o ritmo e concluiu sua série com o mísero total de 4,06 pontos. Ao seu lado na escalação, Gabriela Bryan aproveitou uma volta em uma curva crítica (4,17) e depois outra onde conseguiu colocar duas (6,67) para escapar e vencer (10,84-4,06).
Parada pela terceira vez no 8º lugar nos últimos quatro encontros do CT, enquanto já tinha conquistado uma vitória em Portugal e uma final em Bells Beach, Johanne Defay vê a sua posição no top 5 da qualificação para os play-offs fortemente ameaçada por… Gabriela Bryan. A havaiana, 6ª colocada do mundo à frente de Saquarema, está provisoriamente empatada em pontos com a francesa, que porém está à frente dela em número de séries vencidas. Mas se Bryan avançar para as semifinais do evento brasileiro, o vencedor do Margaret River Pro ultrapassará Defay.
A francesa até cairia para a 7ª posição caso, ao mesmo tempo, houvesse uma vitória de Tatiana Weston-Webb… Restaria então um evento, no final de agosto, para a Reunião voltar à WSL Vagão de finais e não qualquer: em Fiji, na poderosa e tubular esquerda de Cloudbreak onde é a única atual residente da elite a já ter vencido (em 2016). Isso significa que todas as esperanças ainda serão grandes para Johanne Defay, aconteça o que acontecer até o epílogo do Vivo Rio Pro.
Florence e Colapinto sobrevivem ao recrutamento
Entre os homens, o 1º turno não favoreceu John John Florence e Griffin Colapinto, ambos enviados para a repescagem, respectivamente por Ramzi Boukhiam e Seth Moniz. E tanto o havaiano quanto o californiano tinham motivos para temer a sessão de recuperação, cada um enfrentando um wild card brasileiro acostumado aos jogos do CT. Mas o número 1 do mundo – e único surfista já garantido com vaga nos play-offs – e o número 3 finalmente se libertaram: Florence às custas do verdadeiro local da etapa João Chianca (12h34-7h13), que vai retornar à elite em 2025, após grave lesão na cabeça que estragou sua temporada de 2024; e Colapinto ao domar Samuel Pupo (12,50-11,97), também a caminho de voltar a entrar no Top 34 no próximo ano, ele que lidera o circuito CS após duas etapas.
Ray ainda no top 5, Jack Robinson (2º), Ethan Ewing (4º) e Jordy Smith (5º) não gaguejaram no 1º round e venceram a série indo direto para o 8º. Se Chianca e Pupo desapareceram na repescagem, o restante do contingente auriverde mostrou vantagem, com Gabriel Medina, Yago Dora e Ítalo Ferreira vencendo a série. Por pouco para Ferreira, numa série em que Crosby Colapinto marcou a melhor pontuação (8,17) do dia numa combinação de duas grandes viragens para trás.
Ao lado de Chianca e Pupo, Leo Fioravanti e Barron Mamiya são as outras duas vítimas do dia da rodada de repescagem, das quais quatro séries ficaram em espera (veja abaixo).