Ao retornar ao poder em janeiro de 2023, Lula prometeu acabar com o desmatamento ilegal no Brasil até 2030, que aumentou no governo do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (2019-2022).
O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em julho pela primeira vez em 15 meses, segundo dados oficiais divulgados na quarta-feira, 7 de agosto, marcando um retrocesso para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A área devastada na maior floresta tropical do planeta atingiu 666 km² no mês passado, um aumento de 33% em relação aos 500 km² destruídos em julho de 2023.
O aumento do desmatamento em julho significa uma parada em um declínio contínuo nos últimos 15 meses. No entanto, levando em conta os últimos 12 meses, o desmatamento diminuiu em 45,7% em comparação ao período anterior.
Assim, enquanto o desmatamento destruiu 7.952 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, no período de agosto de 2023 a julho de 2024 ele atingiu 4.315 km².
Uma “redução significativa” em relação ao ano passado
O desmatamento está fortemente ligado à expansão agrícola e à mineração ilegal. O governo também apontou o impacto de uma greve de servidores públicos do órgão de proteção ambiental Ibama.
“Em julho do ano passado a redução (do desmatamento) foi muito alta, com um resultado bem abaixo da tendência histórica”, disse João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, para explicar o resultado ruim de julho passado.
“No ano passado, a redução foi extremamente significativa”, ele insistiu.
A Amazônia desempenha um papel importante no combate ao aquecimento global ao absorver CO2. Lula adotou um plano em junho para combater organizações criminosas que contribuem para o desmatamento neste ecossistema, pedindo que seu governo seja “ágil” em sua rápida implementação.