A Agência de Proteção Ambiental do Brasil, Ibama, deverá decidir até o início do próximo ano se a estatal petrolífera Petrobras pode perfurar perto da foz do rio Amazonas, disse o chefe do Ibama, Rodrigo Agostinho, na quarta-feira.
Esta área faz parte da borda tropical do Brasil, que a Petrobras considera sua nova e promissora fronteira para a exploração de petróleo e gás. A decisão de perfurar a área gerou polêmica devido à sua biodiversidade e à proximidade com a floresta amazônica.
No início deste ano, a Petrobras recorreu da decisão do Ibama de negar licença para perfurar um poço exploratório na área próxima ao litoral do estado do Amapá. O órgão não tem prazo para decidir o recurso, mas Agostinho disse que trata o caso como prioritário.
A Orla Equatorial é uma área de cerca de 2.200 quilômetros quadrados de águas profundas e ultraprofundas ao longo da costa norte e nordeste do Brasil.
A área que a Petrobras pretende explorar está localizada ao sul da área de exploração de petróleo no Suriname e perto da Guiana, onde a ExxonMobil descobriu grandes reservas de petróleo. (Reportagem de Lisandra Paraguaso, edição de Fabio Teixeira, edição de Mark Potter)