A crise econômica e de saúde favorece o trabalho infantil

A crise econômica e de saúde favorece o trabalho infantil

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Em todo o mundo, 160 milhões de crianças trabalham. Um número está aumentando nos últimos anos, de acordo com a Organização Mundial do Trabalho e o UNICEF. No Brasil, as suspensões escolares e a crise econômica têm incentivado o trabalho infantil.

Com nosso correspondente no Rio de JaneiroE Sarah Cozulino

Em uma encruzilhada, sob uma ponte, Victor Gomez usa uma luz vermelha para vender doces e garrafas de água. Ele tem 12 anos, mas como não vai à escola há mais de um ano, prefere ganhar um pouco de dinheiro do que ficar confinado em casa.

« Antes era muito melhor, Ele diz, Eu posso brincar na rua. Mas adoro trabalhar com meus pais e ajudar minha família. Melhor do que ficar na rua roubando, hein pai? »

Por sua vez, seu pai acreditava que se era importante para ele continuar estudando, então ele também deveria saber como ganhar uma vida decente. Começou a trabalhar na construção aos nove anos: “ Eu o trouxe para que ele aprenda a sobreviver. Porque não há trabalho. Com esta pandemia, estou sem trabalho e essa é a única solução. Eu dependo da rua. »

A situação é preocupante

Desde o início da epidemia no Rio, temos visto cada vez mais crianças brincando ou vendendo alguns doces, como o Victor. Para Antonio Costa, presidente da ONG Rio de Pecs, a situação é alarmante: “ Qual é esse modelo político e econômico em que meninos e meninas são impedidos de viver como crianças para não passar fome e ajudar seus pais? »

Segundo o relatório da ONU, os números podem aumentar perigosamente até 2022, com as consequências da pandemia.

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Para ler também: Trabalho infantil: “Eles carregam malas pesadas dez horas por dia.”

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