Consenso científico sobre os perigos dos pesticidas para o ambiente, A biodiversidade e a saúde humana estão agora amplamente estabelecidas. Mas a resistência à redução ou retirada dos pesticidas é forte. De acordo com autores de ciências sociais A Uma edição especial da revista Ciência e política ambientalMuitos intervenientes recusam ver a sua rotina administrativa ou o seu modelo económico serem postos em causa. Contudo, inovações estão surgindo em diferentes regiões do mundo, especialmente na América Latina. Para conseguir uma “saída” de pesticidas sintéticos que ainda são amplamente utilizados na agricultura, surgem alternativas na interface entre laboratórios de investigação, industriais, agricultores e, por vezes, cidadãos.
A equipe de pesquisadores investigou Duas famílias principais de alternativas a inseticidas :
• Soluções baseadas em substituição Tecnologias Como o Biocontrole.
• Aqueles baseados em Reforma profunda dos sistemas agrícolas e de produção agrícolacomo a agricultura biológica ou a agroecologia, recorrendo a uma combinação de práticas agrícolas como a diversificação das espécies cultivadas, a utilização de produtos biológicos (estrume, composto, etc.) e a rotação de culturas.
“Para além das suas diferenças agrícolas, estas alternativas distinguem-se pelas suas trajetórias sociais, pelos atores que as defendem e pelo grau de reorganização dos sistemas alimentares que implicam.”“, explica Yves Voiou, cientista político do Centro Nacional de Pesquisa Científica e pesquisador associado do Centro de Pesquisa Agrícola Internacional (CIRAD).
Dependendo do contexto nacional, as políticas públicas que abordam o problema dos pesticidas dão mais ou menos atenção a estas diferentes soluções. Em França, por exemplo, ou em países exportadores agrícolas como a Argentina ou o Brasil, o biocontrolo é uma promessa tecnológica líder, permitindo garantir elevados níveis de produtividade sem necessariamente ter de garantir elevados níveis de produtividade. Questionando os fundamentos técnicos do modelo tradicionalNem as suas diferenças sociais e económicas. “Na ampla família do controlo biológico, o desenvolvimento e a utilização de microrganismos, em particular, constituem uma importante fronteira tecnológica e científica, na qual os países incentivam a participação de investigadores, fabricantes e agricultores.”analisa Frédéric Gurlitt, sociólogo da inovação do CIRAD.
Ao fazê-lo, outras soluções possíveis permanecem na sombra, revelando uma forma de competição entre alternativas mais ou menos dispendiosas em termos de mudança de práticas. É o caso da agricultura biológica, que é particularmente fracamente apoiada pelas políticas públicas em França, tal como noutros países exportadores agrícolas, enquanto goza de maior apoio nos países do norte da Europa, por exemplo. Um dos artigos da edição especial explica como a Suécia e a Dinamarca, através de diferentes vias institucionais, conseguiram implementar um objectivo 80% dos produtos da agricultura biológica são utilizados na restauração comunitária.
Os artigos desta edição baseiam-se em pesquisas em ciências sociais que destacam a importância de considerar a diversidade das partes interessadas e dos processos envolvidos em todo o sistema alimentar. “Esta forma de compreender as transições tecnológicas no sector agrícola exige ir além do reducionismo tecnológico, para mostrar que as tecnologias não são apenas necessárias porque são eficazes, mas também porque são consideradas mais legítimas ou mais promissoras do que outras num determinado momento.“, confirma Frédéric Goulet.
Promover uma alternativa em detrimento de outra também é um reflexo da situação Maior ênfase em certos tipos de conhecimento científico em detrimento de outros (Especialização científica ou atual em determinada especialidade). Os dois artigos sobre a França, que examinam respectivamente o Plano Ecovito e as disposições adotadas para regular o uso do glifosato, mostram como o tipo de especialistas reunidos influencia o rumo das decisões tomadas.
Indo além dos pesticidas: explorando alternativas para uma dieta em mudança
https://doi.org/10.1016/j.envsci.2023.06.007
Em outro artigo publicado em Revista de Estudos RuraisFrédéric Goulet, sociólogo da inovação do CIRAD, apela a que se pense não só na natureza dos insumos utilizados, mas também na forma como são produzidos e como os agricultores lhes acedem. Considera o caso da utilização no Brasil de microrganismos (bactérias e fungos), cujas cepas foram selecionadas e melhoradas pela Embrapa ou por empresas privadas, possibilitando a redução do uso de fertilizantes nitrogenados e fosfatados. Mostra que, nos últimos dez anos, muitos agricultores brasileiros embarcaram na produção de microrganismos na própria fazenda, a fim de reduzir seus custos de produção e sua dependência de insumos sintéticos e das empresas que os produzem ou comercializam.
referência
Insumos agrícolas agrícolas e mudanças de fronteiras: inovações em torno da produção de microrganismos no Brasil
https://doi.org/10.1016/j.jrurstud.2023.103070
o Insumos biológicos Dedicado à agricultura costuma ser chamado Entradas vitais (Biossuplementos) na América Latina.
Produtos alternativos aos fertilizantes incluem:
– Subordinar Biofertilizantes Que é usado para enriquecer o solo. Podem ser baseadas em materiais orgânicos (resíduos animais, resíduos vegetais, composto) ou microrganismos, como biovacinas.
– Subordinar Vacinas vitais São produtos baseados principalmente em bactérias fixadoras de nitrogênio ou dissolventes de fósforo, selecionadas em laboratório. Essas bactérias vivem naturalmente em simbiose com as raízes das leguminosas (como soja, grão de bico, feijão, etc.), capturando elementos químicos do ar e do solo e devolvendo-os em uma forma que possa ser absorvida pela planta, ou facilitando a absorção. de elementos minerais. Pelas raízes.
Uma alternativa aos pesticidaso Biocontrole Por sua vez, A Um conjunto de tecnologias de origem biológica Utilizado no controle de pragas (microrganismos, insetos, ácaros, nematóides, etc.). Existem quatro tipos principais de agentes de controle biológico:
> Os microrganismos ajudam os invertebrados, como insetos e ácaros
> Microrganismos (fungos, bactérias, vírus);
> Mediadores químicos, especialmente incluindo feromônios de insetos;
> Materiais naturais de origem vegetal, animal ou mineral.
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