Bolsonaro tentou se apropriar ilegalmente de joias avaliadas em US$ 1,2 milhão

Bolsonaro tentou se apropriar ilegalmente de joias avaliadas em US$ 1,2 milhão

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Os fatos remontam a outubro de 2019 e ao fim do mandato em 2022. O ex-presidente brasileiro está sendo processado junto com outras 11 pessoas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro se beneficiou de um esquema de vendas ilegais de joias e itens de luxo oferecidos no Brasil e avaliados em um total de US$ 1,2 milhão, de acordo com as conclusões de um inquérito policial publicado na segunda-feira, 8 de julho. Na semana passada, a Polícia Federal recomendou indiciá-lo e outras 11 pessoas por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, por eventos ocorridos entre outubro de 2019 e o fim do mandato do líder de extrema direita em 2022.

Jair Bolsonaro, que denuncia a profusão de investigações judiciais contra ele como uma “perseguição”nega ter cometido qualquer crime na gestão das joias. Seu advogado, Paulo Cunha, afirmou na rede social X que os líderes brasileiros “não teve influência direta ou indireta” sobre a gestão de presentes oficiais. A decisão de destinar um presente ao patrimônio público ou ao presidente é tomada por uma comissão, segundo Paulo Cunha. “Em nenhum momento ele pretendeu apreender ou ficar com qualquer propriedade que pudesse de alguma forma ser considerada pública.”disse o advogado.

Segundo a polícia, o “O grupo investigado atuou para desviar dos cofres públicos brasileiros diversos presentes de alto valor recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (…) durante viagens internacionais e doados por autoridades estrangeiras”A operação tinha como objetivo vender as joias para o exterior. “com o objetivo de promover o enriquecimento ilícito do ex-presidente”a investigação disse. Algumas das peças foram vendidas “e os valores obtidos foram convertidos em dinheiro e ingressados ​​no patrimônio pessoal do ex-presidente (…) sem passar pelo sistema bancário formal”acrescenta o relatório submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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US$ 1,22 milhões

Pelo menos US$ 25.000 teriam sido pagos a Jair Bolsonaro. O valor dos presentes “totaliza um montante de 1,22 milhões de dólares”a polícia corrigiu, após inicialmente dar um valor de 4,5 milhões. O campo de Bolsonaro aproveitou essa correção para desacreditar a reportagem. “Vamos esperar muitas outras correções. A última será dizer que todas as joias “desviadas” estão nas mãos das autoridades, escreveu o ex-presidente no X.

O juiz do STF Alexandre de Moraes deu 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República decida se denunciaria formalmente o ex-presidente. A imprensa brasileira havia revelado o caso em março de 2023, após agentes da Receita apreenderem joias encontradas na mochila de um funcionário do governo Jair Bolsonaro que retornava de uma viagem oficial ao Oriente Médio em 2021. Entre os presentes estavam um anel, colar e brincos da marca suíça Chopard avaliados em cerca de US$ 828 mil, além de relógios Chopard e Rolex de ouro e diamante, além de outras joias, segundo o boletim de ocorrência de quase 500 páginas.

Após a revelação do caso, assessores do ex-presidente brasileiro recuperaram e devolveram ao estado alguns dos objetos vendidos, diz o relatório. Segundo a Polícia Federal, os valores obtidos com a venda das joias “poderia ter sido usado para cobrir despesas de Jair Bolsonaro” nos Estados Unidos, onde permaneceu por alguns meses após seu mandato.

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