Brasil aceita linha de transmissão por meio de reserva indígena na Amazônia

Brasil aceita linha de transmissão por meio de reserva indígena na Amazônia

O Brasil deu luz verde para uma linha de força de 715 quilômetros (440 milhas) na região amazônica, recebendo a licença ambiental necessária para a construção, disseram as empresas por trás do projeto na quarta-feira, apesar das preocupações dos povos indígenas. em relação aos danos que isso poderia causar.

Falando em um evento, o presidente de direita Jair Bolsonaro disse que era um grande dia para o estado de Roraima, que a linha de energia conectará ao resto da rede elétrica brasileira. Bolsonaro disse que a construção levaria cerca de três anos.

O presidente apoiou a construção da linha para garantir a segurança energética de Roraima, que recebia eletricidade da Venezuela até que a instabilidade política local cortou esse arranjo e o estado agora conta com caras termelétricas.

A preocupação com o meio ambiente atrasou o projeto, cujos direitos foram leiloados pelo governo em 2011. A linha ligará as cidades de Manaus e Boa Vista ao norte, em um trecho de 120 quilômetros que atravessa a reserva indígena protegida Waimiri-Atroari. . .

A estatal Centrais Eletricas Brasileiras SA e a holding do setor privado de energia Alupar Investimentos SA disseram na quarta-feira que ambas receberam licença do Ibama para continuar com a construção.

O Ministério Público Federal alegou que o projeto poderia violar os direitos indígenas e que as empresas e o governo não cumpriram o dever de consultar seriamente a tribo afetada.

Os Waimiri-Atroari foram quase exterminados desde o início de 1900 devido a doenças após o contato com colonos e após combates com os militares.

As empresas planejam tomar várias medidas para evitar o impacto da tribo, incluindo a passagem das linhas até 109 metros (358 pés) acima do terreno da reserva, de acordo com uma avaliação ambiental revisada pela Reuters. Cerca de 200 inspetores serão destacados para reduzir o impacto ambiental dos 250 postes que serão construídos na reserva.

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Todas as informações geológicas sobre a descoberta de recursos minerais lá serão mantidas em sigilo para evitar a atração de mineradores ilegais, segundo o documento.

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