O Brasil colocou em prática um acordo de livre comércio com a Autoridade Palestina, que aguarda ratificação há mais de uma década, como um sinal de apoio ao povo palestino.
“Este acordo é uma contribuição tangível para um estado palestino economicamente viável, capaz de viver em paz e harmonia com seus vizinhos”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em um comunicado na terça-feira, 9 de julho de 2024.
O comunicado acrescenta que o Brasil, que reconhece o Estado palestino e autorizou a criação de uma embaixada palestina na capital brasileira em 2010, ratificou na sexta-feira (5) o acordo entre o Mercosul — bloco comercial sul-americano — e a Autoridade Palestina, assinado em 2011.
O Uruguai apoiou o acordo com a Palestina, disse uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, acrescentando que houve pouca resistência, já que o Mercosul tinha um acordo semelhante com Israel.
Não está claro se outros estados-membros do Mercosul seguirão o exemplo do Brasil. O governo de extrema direita da Argentina do presidente Javier Milei não o fez. O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai não respondeu a um pedido de comentário.
O embaixador palestino em Brasília, Ibrahim al-Zeben, descreveu a decisão do Brasil como “corajosa, solidária e oportuna”.
Esta é “a maneira eficaz de apoiar a paz na Palestina”, disse ele à Reuters, acrescentando que espera que o valor do comércio entre a Palestina e o Mercosul, atualmente apenas US$ 32 milhões por ano, aumente.