A tomada do Twitter pelo americano Elon Musk foi recebida com euforia no Brasil por apoiadores do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, que comemoram o “fim da censura” neste ano eleitoral.
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O chefe de Estado, que buscará um novo mandato em outubro, compartilhou em sua conta oficial um tweet do homem mais rico do mundo: “Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, é o que significa liberdade de expressão .
“A tomada do Twitter por Elon Musk é um passo importante na luta pela liberdade”, tuitou a deputada bolsonarista Bia Kicis, logo após a confirmação na segunda-feira da tomada da rede social.
“A liberdade é maravilhosa. Permite que quem não gosta do fim da censura no Twitter saia da rede sem problemas”, brincou ela algumas horas depois.
“Elon Musk nunca censurou ninguém. Pelo contrário, muitas pessoas estão voltando ao Twitter. Mas basta que o novo chefe prometa liberdade de expressão para alguns saírem”, acrescentou o deputado Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente, na terça-feira.
Jair Bolsonaro também mencionou um movimento para encerrar sua conta por usuários insatisfeitos com a aquisição, compartilhando um artigo do site de notícias Uol explicando como desativar sua conta. “Bom artigo”, comentou.
“Elon Musk está nadando nas lágrimas da esquerda global”, zombou da deputada bolsonarista Carla Zambelli.
Além do mundo político, muitos internautas bolsonaristas também comemoraram a conquista do Twitter, “o evento político mais importante em décadas”, segundo o influenciador Leandro Ruschel.
Jair Bolsonaro viu várias de suas postagens no Twitter e outras redes sociais deletadas por desinformação.
Ele havia reagido com veemência no mês passado ao bloqueio temporário de mensagens do Telegram, por ordem de um juiz da Suprema Corte, por descumprimento de decisões judiciais que pediam a exclusão de contas que divulgavam informações falsas.
Há duas semanas, Bolsonaro havia considerado “inadmissível” um acordo entre o WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral para combater a desinformação.
O Messaging concordou em adiar até o final das eleições presidenciais o lançamento no Brasil de um novo dispositivo já disponível mundialmente permitindo a criação de grupos maiores para envio de mensagens coletivas.
Em 2018, a votação foi manchada pela disseminação massiva de informações falsas, principalmente no Whatsapp, que é muito popular no Brasil.