(Brasília) O presidente brasileiro Jair Bolsonaro expressou nesta segunda-feira sua “solidariedade” aos manifestantes cubanos que exigem “o fim de uma ditadura cruel”.
“Todo o meu apoio e solidariedade ao povo cubano, que corajosamente exige o fim de uma ditadura cruel, que há décadas massacra a liberdade ao vender ao mundo a ilusão de um paraíso socialista”, disse o líder de extrema direita no Twitter.
Antes da publicação desta mensagem, o Senhor Bolsonaro já havia mencionado a situação em Cuba diante de apoiadores em Brasília, criticando em particular a repressão às manifestações, dispersas com gás lacrimogêneo.
Os manifestantes “exigiram comida, eletricidade. Eles exigiram sua liberdade. E o que eles conseguiram? Espancamentos, prisão ”, disse o presidente brasileiro.
Manifestações sem precedentes aconteceram no domingo em dezenas de cidades e vilarejos da ilha. Milhares de cubanos saíram às ruas espontaneamente no domingo, gritando “Temos fome”, “Liberdade” e “Abaixo a ditadura”.
Um ataque velado a Lula
Aqui no Brasil tem gente que apóia Cuba, Venezuela. Gente que já foi várias vezes a Cuba para beber champagne com o Castro, à Venezuela para beber uísque com o Maduro. Se eles realmente os apóiam, isso significa que querem viver como cubanos, venezuelanos […], igualdade na pobreza.
Presidente brasileiro Jair Bolsonaro
Sem citá-lo, criticou em particular o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), que visitou Havana em janeiro e se encontrou notavelmente com o presidente cubano Miguel Diaz-Canel e seu antecessor Raul. Castro, irmão de Fidel Castro.
Lula é amplamente considerada a liderança nas últimas pesquisas para a eleição presidencial de outubro de 2022, enquanto a popularidade de Jair Bolsonaro está em seu nível mais baixo.
Em novembro de 2018, o governo cubano convocou vários milhares de médicos enviados ao Brasil nos cinco anos anteriores, após fortes críticas de um Bolsonaro recém-eleito ao programa “Mais Médicos”, criado quando a esquerda estava no poder em Brasília.