O desmatamento da floresta amazônica no Brasil bateu um novo recorde em fevereiro, de acordo com dados de satélite divulgados em 11 de março de 2022.
“Mais do que o triplo no ano passado“
Imagens do programa de monitoramento Deter, do INPE, da agência espacial brasileira, mostram que 199 quilômetros quadrados de cobertura florestal desapareceram. Este é o valor mais alto para um mês de fevereiro desde o início deste programa em agosto de 2015, e um aumento de 62% em relação a fevereiro do ano passado. Esse número é ainda mais preocupante porque fevereiro é o mês da estação chuvosa na Amazônia, geralmente um período lento para o desmatamento.
“Os dois primeiros meses deste ano bateram recordes de desmatamento, 629 quilômetros quadrados até agora, mais que o triplo no ano passado“, disse Romulo Batista, do Greenpeace. Há grandes temores de que 2022 bata o triste recorde de desmatamento de 13.235 quilômetros quadrados registrado entre agosto de 2020 e julho de 2021, segundo outro programa de monitoramento do INPE, o Prodes, cujos registros começaram em 1988.”Esse aumento absurdo mostra a ausência de políticas de combate ao desmatamento e crimes ambientais na Amazônia do atual governo. A destruição simplesmente não para“, acrescentou o Sr. Batista em um comunicado à imprensa.
Desmatamento anual em mais de 75%
Jair Bolsonaro, que está pressionando pela abertura de terras protegidas ao agronegócio e à mineração, atraiu a ira internacional pelo aumento do desmatamento e incêndios na Amazônia. Desde que o presidente de extrema direita assumiu o cargo em 2019, o desmatamento médio anual da Amazônia brasileira, um recurso crucial para conter as mudanças climáticas, aumentou mais de 75% em relação à década anterior. Milhares de hectares de florestas estão sendo destruídos para expandir terras agrícolas no Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina e soja.