No dia 20 de novembro, a Secretaria de Estado de Saúde Rio Grande do Sul emitiu alerta de febre amarela. O Centro de Vigilância Sanitária do Estado (Cevs) confirmou cinco novos casos de macacos mortos nos quais foi identificado o vírus da febre amarela. As amostras foram colhidas em outubro de macacos encontrados nos municípios de Riozinho, Três Coroas, Santo Antônio das Missões E São Borja, este último com dois casos confirmados. Os resultados foram divulgados no final da semana passada.
A Secretaria Estadual de Vigilância em Saúde chama a atenção para as regiões de Três Coroas e Riozinho, por serem áreas bastante movimentadas devido ao turismo rural. A Secretaria de Saúde do Estado recomenda vacinar-se antes de viajar para essas áreas ou para qualquer área florestal do estado. O mesmo se aplica a quem trabalha nestas áreas, como guias turísticos, investigadores, trabalhadores de campo, etc. Ressalta-se ainda que em ambientes silvestres as pessoas devem sempre utilizar repelentes, respeitando as recomendações de cada fabricante quanto ao período efetivo de ação dos cada produto.
Em 2023, o Rio Grande do Sul já havia registrado dois casos de primatas positivos para a doença no primeiro semestre, nos municípios de Caxias do Sul (em janeiro) e Santo Antônio das Missões (em junho). Até 2022, nenhum caso de animal foi registrado no estado.
Na natureza, as principais vítimas da febre amarela são os bugios. Esses animais são considerados sentinelas porque servem como indicadores da presença do vírus em determinada região. É importante ressaltar que os primatas não são responsáveis pela transmissão, que não ocorre diretamente dos animais para os humanos. Assim como os humanos, eles são infectados por mosquitos e eventualmente adoecem da mesma forma.
Os casos ocorridos no Brasil nas últimas décadas são casos de febre amarela silvestre, ou seja, o vírus foi transmitido por mosquitos que vivem em áreas florestais, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Desde 2009, nenhum caso humano de febre amarela foi confirmado no estado do Rio Grande do Sul
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul