(São Paulo) A jogadora brasileira de vôlei de praia Carol Solberg corre o risco de ser punida por sua federação por gritar “Fora do Bolsonaro” diante das câmeras após uma competição, gerando um acalorado debate.
Não sou ativista, mas sinto-me na obrigação de tomar uma posição. O jogador de vôlei de 33 anos disse diariamente. uma folha Paulistano.
Depois de conquistar a medalha de bronze no domingo em uma parada do circuito brasileiro de vôlei de praia, em Saquarema, próximo ao Rio de Janeiro, Carol Solberg fez um breve discurso de aceitação diante das câmeras, antes de acrescentar: “Só não se esqueça, fora de Bolsonaro ! ”
Esse clamor gerou uma série de reações – seja de apoio ou rejeição – nas redes sociais, em um país altamente polarizado.
A Federação Brasileira de Voleibol (CBV), em nota, expressou sua “forte oposição à utilização de eventos esportivos para qualquer manifestação de natureza política”.
“A CBV tomará todas as medidas cabíveis para que esses fatos que maculam a imagem do esporte não se repitam”, conforme podemos ler no comunicado.
Dois pesos, duas escalas
Mas Carole Solberg lembrou que, em setembro de 2018, dois jogadores da seleção masculina, incluindo o campeão olímpico Wallace, tiraram uma foto, em um gesto para simbolizar seu apoio a Jair Bolsonaro, o então candidato à presidência, durante uma competição internacional.
A CBV inicialmente postou a foto em suas redes sociais, antes de excluí-la, garantindo que baniria qualquer manifestação política no futuro.
“Não tenho ideia do que vai acontecer, mas a reação da CBV foi completamente diferente do que aconteceu com Wallace”, lamentou o jogador de vôlei.