Brasília | Um juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil ordenou na sexta-feira a abertura de outra investigação contra o presidente Jair Bolsonaro por espalhar informações falsas em um vídeo ligando a vacina COVID-19 à AIDS.
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A decisão do juiz Alexandre de Moraes, membro do mais alto órgão judicial do Brasil, atende a um pedido de uma comissão do Senado que acusou em outubro o chefe de Estado de cometer crimes graves durante a pandemia, entre outros cinco. Uma investigação foi aberta contra Bolsonaro, até agora sem resultados.
O tema desta nova investigação: um videoclipe em que o presidente de extrema direita cita supostos relatórios oficiais do governo britânico “indicando” que as pessoas que foram totalmente vacinadas contra o coronavírus desenvolvem AIDS “muito mais rápido do que o esperado”.
A informação foi rejeitada pelo governo britânico para o serviço de checagem de fatos da AFP e da Sociedade Brasileira de Doenças Infecciosas, entre outras organizações médicas.
O vídeo foi capturado no Facebook, Instagram e YouTube. A plataforma de vídeo também decidiu suspender o canal de Bolsonaro por uma semana.
Em agosto, o STF decidiu abrir uma investigação contra Jair Bolsonaro por “difamação” e “incitação ao crime” em um caso relacionado ao interrogatório do sistema de votação eletrônica brasileiro.
O presidente também é alvo de outras investigações que visam apurar se, em casos envolvendo familiares, ele interferiu na polícia federal ou pela publicação de boletim policial – lacrado – nas redes sociais – sobre suposto ataque ao sistema eleitoral.
Faltando menos de um ano para a eleição presidencial, a popularidade do líder de 66 anos nunca foi baixa.